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Unir para transformar

Ao lado de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Timor Leste, Portugal, São Tomé e Príncipe, nosso país trabalha em bloco por avanços em áreas fundamentais, inclusive para promoção da igualdade de gênero e empoderamento de todas as mulheres e meninas.


/ Fátima Pelaes – Secretária nacional da mulher
Articulista

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é, para o Brasil, um espaço estratégico na ampliação da visibilidade e da participação dos países nas instâncias internacionais de debates e decisões.

Ao lado de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Timor Leste, Portugal, São Tomé e Príncipe, nosso país trabalha em bloco por avanços em áreas fundamentais, inclusive para promoção da igualdade de gênero e empoderamento de todas as mulheres e meninas.

As políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres, a promoção da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas são temas prioritários para a CPLP. Tanto que o Brasil, no exercício da presidência pro tempore da Comunidade, recebe a V Reunião Ministras e Altas Autoridades para Igualdade de Gênero dos oito países membros.
Esse encontro é voltado ao fortalecimento da própria representação dos países de língua portuguesa.

A atuação em bloco da CPLP irá nos credenciar para reivindicar mais protagonismo na próxima reunião da Comissão Sobre a Situação da Mulher (CSW), das Nações Unidas, que acontecerá em Nova Iorque em março do próximo ano.

A intenção é abrir espaço para manifestação da CPLP, reconhecida como ação representativa conjunta das nações de origem lusófona.

Os povos que adotam a língua portuguesa estão espalhados em quatro continentes – Europa, América, África e Ásia – e ocupam 7,2% de toda a área do planeta. E têm um desafio em comum: promover, garantir e respeitar os direitos humanos de todas as mulheres e meninas.
O enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres e meninas, a superação das desigualdades de gênero no mercado de trabalho, o tratamento conferido ao papel social de reprodução das mulheres e a participação das mulheres nos espaços de tomadas de decisão são tratados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS da Organização das Nações Unidas.

Essa visibilidade que agora recai sobre a temática feminina deriva do trabalho cotidiano, incansável e anônimo na grande maioria das vezes de mulheres e meninas que repudiam e lutam por mudanças em sociedades de soberania masculina.

De mulheres e meninas que apostam na construção de uma convivência paritária de direitos entre todos os seres humanos. Em nome delas e em sua homenagem, nós aceitamos os desafios e somos parte dessa luta.


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