Cidades

Adepol emite nota sobre decisão do governo em parcelar salário

Em nota assinada pelo delegado Sávio Pinto, presidente da entidade, a Adepol manifesta o que chama de “seu mais veemente repúdio à infeliz e covarde atitude de parcelamento de salários dos servidores públicos do Poder Executivo do estado do Amapá, ação sorrateira e desleal, a qual prejudica milhares de famílias amapaenses, e logo num momento tão crítico da vida econômica do país e do estado”. 


A Associação dos Delegados de Polícia do Amapá (Adepol-AP) foi a primeira entidade a emitir nota pública sobre a decisão do governo do estado em parcelar o salário dos servidores, com pagamento de 60% no dia 31 de março e os 40% restantes no dia 10 de abril.  

Em nota assinada pelo delegado Sávio Pinto, presidente da entidade, a Adepol manifesta o que chama de “seu mais veemente repúdio à infeliz e covarde atitude de parcelamento de salários dos servidores públicos do Poder Executivo do estado do Amapá, ação sorrateira e desleal, a qual prejudica milhares de famílias amapaenses, e logo num momento tão crítico da vida econômica do país e do estado”. 

De acordo com a Adepol, não bastasse os dois anos sem qualquer reposição, sequer inflacionária, vem o governo do estado do Amapá decidir, de forma unilateral e autoritária, sem discutir o assunto com qualquer das categorias atingidas, no apagar das luzes, que irá parcelar os salários dos servidores públicos do Poder Executivo, um acinte, verdadeiro ato de escárnio com milhares de pais e mães de familia que diuturna e literalmente carregam esse estado nas costas, eis que já desempenham suas atribuições em condições humanas e materialmente deploráveis.

 A entidade afirma na nota que, paralelo a tudo isso, logo no início de sua gestão o governador Waldez Góes concedeu um aumento generoso na ordem de quase 20% a si próprio, a seus secretários e as classes de procuradores e fiscais do estado, contrariando a mesma lógica fatalista e apocalíptica de falta de recursos e escassez financeira que usa para justificar essa inconstitucional e aberrante medida administrativa! Escassez financeira e falta de recursos para as atividades sérias! Final do mundo e caos para atender às necessidades básicas de quem trabalha e da população em geral! 

“Para atender a interesses de apaniguados, sustentar secretarias inúteis, mantendo centenas de empregados; quiçá milhares de cabos eleitorais, distribuídos em cargos comissionados, para isso a crise não chegou”, diz trecho da nota. 

“Pois bem, senhor governador, nós não iremos aceitar isso calados! Nós, delegados do estado do Amapá, não iremos nos omitir diante de tamanha ilegalidade, arbítrio e violência para conosco, para com nossos companheiros de trabalho e, sobretudo, para com nossas famílias! Primeiro corte na sua própria carne, dispensa os cargos comissionados, extinga as secretarias e diversas pastas menos prioritárias! Se necessário for, deixe somente os servidores efetivos, corte despesas de seu gabinete, gastos com publicidade! Pare de fazer contratações desnecessárias e explique o fato dos repasses terem aumentado (ano passado foram 265 milhões e esse ano 281 milhões) e não diminuído! Seja franco! 

A nota encerra com o seguinte teor: “após todas essas providências, de acordo com o que reza o artigo 169, parágrafo 3°, incisos I e II da Constituição Federal, caso não seja possível realizar o pagamento dos salários dos servidores, proponha aos demais Poderes e outras instituições a mesma carga de sacrifício. Só assim poderemos nos resignar e aceitar tamanha renúncia. Sem isso, não espere de nós vassalagem e submissão, senão reação firme e proporcional, sempre dentro da lei, que hoje vossa excelência tenta burlar.


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