As mais de 40 mil equipes do programa Saúde da Família em todo o país passarão agora a ajudar no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chikungunya e do Zika. No Amapá, 1.124 agentes comunitários de saúde e 162 equipes entrarão em ação em 16 municípios para reduzir a incidência do transmissor dentro dos lares. Esses profissionais vão ajudar no trabalho de busca de criadouros, já realizado nas comunidades pelos agentes de combate às endemias, e darão orientações sobre as medidas de prevenção contras as doenças.
“O envolvimento dos agentes comunitários e dos agentes de endemias é um esforço no combate ao mosquito e criadouros. Essa integração é fundamental para interromper o desenvolvimento do vetor e, portanto, impedir a infecção pela doença”, destacou o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame.
São medidas para mobilizar o trabalho de educação dentro das comunidades, além de engajar as famílias para o controle de vetores. As equipes de Saúde da Família, incluindo os 18.240 médicos do programa Mais Médicos, vão orientar a população sobre sintomas, riscos e medidas de combate e prevenção contra o mosquito. Os agentes comunitários também vão poder encaminhar os casos identificados como de risco epidemiológico para as equipes de endemias quando não for possível ação sobre o controle de vetores.
Busca ativa – As mulheres em idade fértil e casais que desejam engravidar serão orientados sobre os cuidados necessários para evitar infecção pelo vírus Zika durante a gravidez. Os profissionais vão intensificar a busca ativa de gestantes para início oportuno do pré-natal e acompanhar o desenvolvimento dos nascidos com microcefalia. A realização do acompanhamento gestacional, prioritariamente com início no primeiro trimestre da gravidez, é fundamental para a identificação de fatores de risco, entre eles a infecção pelo vírus Zika.
Os agentes comunitários de saúde deverão visitar gestantes a cada 30 dias, orientando para o cumprimento do calendário vacinal e o comparecimento às consultadas agendadas do pré-natal e, também, para medidas de prevenção e controle à infecção pelo vírus Zika. Também cabe aos profissionais de saúde investigar e registrar na caderneta das gestantes, assim como no prontuário da mulher, a ocorrência de machas vermelhas, febre e infecção das pacientes, orientando a procurar os serviços de saúde no caso de apresentar os sinais e sintomas.
As orientações fazem parte do Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika, que norteia o atendimento desde o pré-natal até o desenvolvimento da criança com microcefalia em todo o país. O planejamento prevê a mobilização de gestores, especialistas e profissionais de saúde para promover a identificação precoce e os cuidados especializados da gestante e do bebê.
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