Cidades

Amapá ajuda a definir estratégia da Amazônia para a COP 21

Os nove Estados que compõem a Amazônia Legal desenharam um planejamento conjunto de ações para a participação na COP 21, a convenção mundial sobre as mudanças climáticas, que ocorre de 30 de novembro a 11 de dezembro, em Paris, na França.


As estratégias foram consolidadas nesta sexta-feira, 30, durante a 12ª reunião do Fórum de Governadores da Amazônia, organizado na capital paraense, Belém. A principal delas, são os mecanismos pelos quais os estados reivindicarão compensações, sobretudo financeiras, na COP 21.

O planejamento começou a ser definido um dia antes do evento, quando secretários de Meio Ambiente alinharam ações conjuntas, que acabaram resultando na criação de uma Rede de Inteligência Ambiental. O Protocolo de Intenções para a implementação do novo mecanismo entre as nove unidades federativas foi assinado durante reunião do fórum.

De acordo com o secretário de Estado do Meio Ambiente do Amapá, Marcelo Creão, a Rede de Inteligência Ambiental irá funcionar como uma cooperação entre os estados, com fornecimento de informações e estudos técnicos para fortalecer o sistema de gestão, controle, monitoramento e fiscalização ambiental. “Trata-se de um grupo de trabalho, que se reunirá algumas vezes por ano para discutir e planejar alternativas de desenvolvimento econômico, através de boas práticas de gestão ambiental”, explicou Creão.

Segundo ele, a questão do desmatamento na região da Amazônia terá atenção especial, pois uma das estratégias para reivindicar compensação ambiental na COP será através do REDD [Redução e Emissões por Desmatamento e Devastação], que quantifica o número de emissões de CO2 (gás carbônico) evitadas e relaciona cada tonelada a um valor de moeda de mercado.

O coordenador nacional do Grupo de Trabalho dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF), Mariano Colini, apresentou a agenda que será cumprida pelos representantes da Amazônia Legal durante a COP 21. “As metas precisam ser trabalhadas de forma intensiva para podermos atingir a redução de 43% do desmatamento até 2030. A redução do desmatamento na Amazônia deve compensar os esforços nacionais. Fazendo uma relação do que isso significa, de 2006 a 2013, reduzimos 9 bilhões de toneladas de CO2”, ponderou Coline.


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