Cidades

Amapá foi o segundo estado que mais fechou lojas em 2015

Os números representam um balanço final do ano, de acordo com os dados de dezembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência Social.


O Amapá (-16,6%) foi o segundo estado do país que mais fechou lojas no ano passado, seguido pelo Rio Grande do Sul (-16,4%). O campeão foi o Espírito Santo (-18,5%). É o que estudo realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrando o fechamento líquido de 95,4 mil lojas com vínculo empregatício em 2015. A CNC diz que se tratou da maior crise registrada pelo varejo nos últimos 15 anos.

Os números representam um balanço final do ano, de acordo com os dados de dezembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

O volume corresponde a uma retração de 13,4% nos estabelecimentos comerciais que empregam ao menos um funcionário. Nem mesmo as grandes lojas do varejo foram poupadas. Nos últimos 12 meses esses estabelecimentos registraram recuo de 14,8%. O governo do Amapá ainda não se manifestou sobre os números.

De acordo com a Confederação, o fechamento das lojas está diretamente associado à queda no volume das vendas. “O levantamento evidencia a dimensão da crise no varejo, que afetou todos os setores, inclusive os grandes, que, teoricamente, têm mais capacidade de enfrentar o quadro recessivo. Além disso, chama a atenção porque ela está presente praticamente no País inteiro”, avalia Fabio Bentes.

Todos os segmentos do varejo apresentaram queda no número de lojas, destacando-se, em termos relativos, os ramos mais dependentes das condições de crédito, tais como: materiais de construção (-18,3%), informática e comunicação (-16,6%), móveis e eletrodomésticos (-15,0%).

Em termos absolutos, no entanto, hipermercados, supermercados e mercearias foi o segmento que teve a maior redução no número de lojas em relação a 2014. Foram 25,6 mil estabelecimentos fechados no ano passado, de um setor que responde por um em cada três pontos comerciais do país. Esse segmento e o de lojas de vestuário e acessórios responderam por quase metade (45,0%) das lojas que saíram de operação.

O estudo revela, ainda, que das 27 unidades da Federação apenas Roraima não apresentou queda no número de lojas. Os estados de São Paulo (-28,9 mil), Minas Gerais (-12,5 mil) e Paraná (-9,4 mil) responderam juntos por mais da metade (53,3%) da queda no número de estabelecimentos.

De acordo com dados mais recentes da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE, de janeiro a novembro de 2015 o varejo registrou retração de 8,4% no conceito ampliado, que incorpora os resultados do comércio automotivo e de materiais de construção, superando o primeiro recuo em 15 anos, verificado em 2014 (-1,6%).


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