Cidades

Amapá não paga maior tarifa de energia do país, diz Augusto Dantas, da CEA Equatorial

Diretor-presidente da concessionária de energia afirma que conta de luz do estado é a 19ª em valor no Brasil; ele diz também que empresa atua para dar excelência no serviço, a exemplo do que já faz em outros estados onde atua


 

Douglas Lima
Editor

 

Umas das pautas mais pertinentes dos últimos anos no Amapá, o preço da tarifa de energia elétrica, que recentemente perigou subir  mais de 44%, segue em discussão em todos os níveis na sociedade do estado.

 

Enquanto isso, o diretor-presidente da CEA Equatorial, Augusto Dantas, minimiza dizendo que a  concessionária só recebe 27% do valor que chega nas residências amapaenses.

 

Augusto Dantas deu entrevista exclusiva no programa Ponto de Encontro (Diário FM 90,9) desta quinta-feira,11, onde, a título de esclarecimento, abordou questões relevantes acerca do valor cobrado pela energia elétrica do Amapá, e também informou que a empresa tem no estado do Maranhão referência do segmento elétrico do país.

 

O diretor-presidente pontuou que ao contrário da crença popular, o Amapá não paga a maior tarifa de energia do país. “Estamos na 19ª posição, basicamente no meio”, revelou.

 

Augusto destacou que não é a CEA que define os valores. “A questão é estrutural, legal; o modelo de definição da tarifa deve ser discutido; a tarifa é uma política pública”, explicou.

O gestor da CEA Equatorial informou que existem blocos que definem o preço da tarifa de energia, como o custo da energia gerada, que não é definido pela empresa; o custo da transmissão, que também não cabe à CEA além de encargos que têm seus valores definidos pelo governo federal, para que hajam políticas, geração de impostos que, entre outras coisas, servem para custear programas sociais, como o Luz Para Todos.

 

“De cem na sua conta de energia, apenas 27 vão para a concessionária”, exemplificou  Augusto.

 

Outro fator relevante acerca do valor das tarifas no Amapá é a baixa densidade demográfica do estado. “Em São Paulo, um quilômetro de rede elétrica atende de 50 a cem consumidores; no Amapá, um quilômetro atende 0,8 consumidor”.

 

O setor elétrico é um grande condomínio, explanou o gestor, acrescentando o seguinte: “Você soma todos os custos para poder manter esse condomínio e rateia para os consumidores; a taxa do condomínio é o preço da tarifa da energia”.

 

Augusto Dantas disse que uma discussão técnica é necessária, e que o propalado reajuste de 44% não coube a CEA.

 

“A conta de energia não depende de nós para definir o custo; a discussão precisa ser no Congresso”., esclareceu.

 

Sobre a participação de Lula na questão elétrica amapaense, Augusto ponderou que o Presidente agiu bem com a medida provisória

 

Acerca da privatização do fornecimento de energia elétrica no estado, Augusto informou que a CEA foi o “grupo que acreditou no Amapá” e que pretende tornar o estado excelência no segmento, como já foi  feito no Maranhão. “Quando nós chegamos o Maranhão tinha cerca de 89% de cobertura de energia, a média do Brasil é de 98%; nos 20 anos em que estamos lá as linhas construídas dão três voltas e meia na terra. Isso vai acontecer aqui também”, prometeu o diretor-presidente.

 

 


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