Cidades

Amapá recebe reforço do Programa Mais Médicos

Profissionais atuarão em Laranjal do Jari, Oiapoque e no DSEI Amapá/Norte do Pará; ação integra envio nacional de 407 médicos a 22 estados


 

A partir desta semana, cinco profissionais do Programa Mais Médicos desembarcam no Amapá para reforçar a atenção básica à saúde em áreas de difícil acesso. Três profissionais atuarão no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Amapá/Norte do Pará, enquanto os outros dois serão alocados nos municípios de Laranjal do Jari e Oiapoque. A chegada faz parte de uma ação nacional que mobiliza 407 médicos formados no exterior, que concluíram recentemente o Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv). Esses profissionais serão distribuídos em cerca de 180 municípios e 15 DSEIs, abrangendo 22 estados brasileiros.

 

Com a chegada desses médicos, o Ministério da Saúde espera impactos positivos nas comunidades atendidas, como a ampliação do acesso aos serviços de saúde na atenção primária, a redução do tempo de espera por atendimento com a utilização do prontuário eletrônico do SUS (e-SUS APS), além de avanços significativos na saúde indígena. Um exemplo concreto é a diminuição das remoções de pacientes no território Yanomami.

 

Antes de iniciarem suas atividades, os médicos passaram por um treinamento específico para atuar em situações de urgência, emergência e no enfrentamento de doenças prevalentes nas regiões de atuação, a exemplo da malária.

 

O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), Felipe Proenço, destaca a importância do programa Mais Médicos para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para a população brasileira. “Hoje, 12 anos após a criação do programa, é possível ver como ele contribuiu para a redução da mortalidade infantil e para a melhoria do acesso à saúde, que é justamente o papel da atenção primária: atender pessoas com problemas de saúde que poderiam se agravar e demandar hospitalização. O programa evita essas hospitalizações e cuida das pessoas perto de suas famílias, junto de suas comunidades”, pontua.

 

 

Com o objetivo de assegurar a eficácia do programa e a qualidade do atendimento prestado à população, o ministério pasta acompanha de perto o desempenho dos profissionais. Um dos principais instrumentos de monitoramento é o e-SUS APS, que permite registrar e acompanhar o histórico dos pacientes, facilitando a integração entre a atenção primária e os demais níveis de cuidado.

 

Quase 25 mil médicos em atuação

Com a meta de alcançar 28 mil profissionais até o final de 2025, o Programa Mais Médicos já assegura assistência a mais de 64 milhões de pessoas em todo o Brasil. Atualmente, cerca de 24,9 mil médicos atuam em 4,2 mil municípios, o que corresponde a 77% do território nacional. Dentre essas cidades, 1,7 mil apresentam altos níveis de vulnerabilidade social. Em dezembro de 2024, o programa registrou um marco ao atingir o maior número de médicos em atividade nos Distritos Sanitários Indígenas (DSEIs), com 601 profissionais atuando nessas regiões.

 


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