A CPI da Petrobras enviou ofício ao juiz federal Sérgio Moro, (foto), responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, para que autorize o depoimento à comissão do ex-diretor da estatal Renato Duque, que foi preso nesta segunda e estava convocado para ser ouvido na quinta (19).
Duque voltou a ser detido pela Polícia Federal porque, segundo as investigações, estaria movimentando dinheiro depositado em contas no exterior mesmo após a deflagração da operação.
Preso no Rio, o ex-diretor será transferido para a Superintendência da PF no Paraná. Se Moro autorizar a ida dele para Brasília na quinta, a CPI precisará definir o local do depoimento do ex-diretor, uma vez que é proibida a oitiva de presos nas dependências da Câmara. Uma das possibilidades seria ouvi-lo na Superintendência da PF em Brasília ou no prédio do Ministério Público Federal.
A regra que proíbe o depoimento de presos dentro da Câmara foi implantada em 2006, após o funcionamento da CPI do Tráfico de Armas. Nessa época, traficantes considerados perigosos, como o chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Camacho, o Marcola, chegaram a ser ouvidos pelos deputados na Casa.
No entanto, diante do risco à integridade física dos parlamentares e servidores e do custo alto de traslado e custódia dos presos, a direção da Câmara decidiu vetar o depoimento deles no local.
Caso a Justiça não autorize a ida de Duque a Brasília, há a possibilidade de que o colegiado envie uma comissão de deputados para ouvi-lo em Curitiba em algum lugar a ser definido por Moro.
Em último caso, o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), poderá adiar a convocação de Duque e marcar o depoimento de outra pessoa à comissão na quinta.
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