Cidades

Aumento dos casos de dengue preocupa governantes

Proliferou a incidência da doença no Sudeste. Casos passam de 145 mil



 

O aumento das chuvas na Região Sudeste, entre fevereiro e março deste ano, acendeu o alerta para casos de dengue. A região concentra as notificações no país, com 145 mil pessoas infectadas até agora – quatro vezes mais que no mesmo período do ano passado.

O estado de São Paulo, com 123 mil casos, reúne mais da metade dos 224 mil registros de dengue este ano, no país. O governo do estado prepara um plano de emergência, ao custo de R$ 10 milhões, para combater a doença a partir de abril. Serão priorizados municípios do litoral e da zona oeste, como Catanduva e Sorocaba, recordistas em casos, segundo Dalton Pereira da Fonseca Júnior, superintendente de Controle de Endemias da Secretaria de Saúde. O plano prevê a contratação de 500 agentes, compra de viaturas, equipamentos e inseticidas para atuar nas áreas de maior infestação da doença.

“A grande preocupação hoje é que nós não conseguimos interromper a transmissão de casos no segundo semestre de 2014”, admite o coordenador. “Isso foi um fator predominante para o alto número de casos [agora]. Tivemos um incremento da epidemia no oeste do estado, no início do ano, e temos 500 dos 650 municípios paulistas com transmissão”, explicou.

A crise hídrica pela qual passa o estado também deixou a equipe de saúde em alerta. A adoção de medidas para armazenar água nas casas, por meio de caixas d’água, e o aumento do volume de chuvas em fevereiro e março, são chamarizes para a proliferação de mosquito transmissor da dengue, principalmente na região metropolitana, disse Fonseca.

“A orientação que damos é acondicionar e tampar bem as caixas d’água”, afirmou. Segundo ele, os principais criadouros do vetor estão dentro dos domicílios. Principalmente vasos de plantas, calhas, lajes e ralos.

Para evitar que a dengue se alastre e aumente a incidência da chikungunya – com 1.049 casos notificados no país de 2014 para cá –, o Ministério da Saúde reúne hoje (24) e amanhã (25), no Rio de Janeiro, técnicos em saúde das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Eles discutem aspectos clínicos, epidemiológicos, vigilância e diagnóstico das doenças, assim como a assistência aos pacientes.


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