Barack Obama vai retirar Cuba da lista do terrorismo
É a mais importante no processo de restauração das relações diplomáticas entre Washington e Havana
O presidente dos EUA, Barack Obama, decidiu retirar Cuba da lista de Estados que apoiam o terrorismo, a principal demanda de Havana nas negociações para pleno restabelecimento das relações diplomáticas e passo essencial para a reintegração financeira e comercial global da ilha.
Cuba integrava a lista desde 1982 e apenas três outros países lhe fazem companhia: Irã, Sudão e Síria. A proposta de remoção de Cuba foi enviada ao Congresso, que tem 45 dias para analisar a defesa da medida pelo presidente. Se discordar, deverá votar uma desaprovação. Apenas após a palavra final dos parlamentares a medida será válida. Há resistências entre os republicanos.
Cuba atende aos dois critérios fundamentais definidos no estatuto que rege a lista de Estados que apoiam o terrorismo: o governo cubano não deu qualquer tipo de apoio ao terrorismo internacional nos últimos seis meses e ofereceu garantias de que não apoiará atos internacionais de terrorismo no futuro.
“Após cuidadosa revisão do histórico de Cuba, a partir de informações da comunidade de inteligência, assim como garantias fornecidas pelo governo cubano, o secretário de Estado concluiu que Cuba atendeu as condições para a extinção de sua designação como Estado que Apoia o Terrorismo. O sceretário de Estado, desta forma, recomendou ao presidente que faça e envie ao Congresso o relatório e a certificação requiridos pelo estatuto”, afirma texto da mensagem ao Congresso.
É mais uma medida histórica dos EUA após 53 anos de ruptura com Cuba, na sequência da Revolução de 1959. Na última semana, a reaproximação avançou significativamente. Obama ligou para o presidente cubano, Raúl Castro, na quarta-feira e no dia seguinte o secretário de Estado, John Kerry, e o chanceler Bruno Rodríguez se falaram. Foram os acertos finais para o primeiro encontro entre os líderes dos dois países em mais de 56 anos.
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