Cidades

Brasil não age ‘com porrete na mão’, diz Dilma sobre Venezuela

Presidente comentou situação política do país em entrevista a canal alemão.



 

A presidente Dilma Rousseff afirmou em entrevista à TV alemã Deutsche Welle que o Brasil não será o “poder” da região com “porrete na mão”, após ser questionada pelo entrevistador sobre o posicionamento do país em relação à situação política da Venezuela.

Desde o ano passado, manifestações de opositores do regime chavista deixaram 43 mortos. Outras 89 pessoas, incluindo políticos da oposição e manifestantes, foram presas acusadas de incitar a violência nos protestos e de conspirar contra o governo de Nicolás Maduro.

O entrevistador do canal alemão, ao abordar o tema, questionou se o Brasil não deveria se posicionar de forma mais “contundente” com relação à Venezuela.

“Nós não seremos, jamais, um poder regional com o porrete na mão. Para ser poder regional não precisa ser um interventor, você tem que ser capaz de entender as sociedades e lutar pelas transformações de uma forma que não seja a intervenção”, disse a presidente, questionada sobre se o Brasil deveria adotar postura “mais contundente” sobre o país vizinho.

A declaração de Dilma ao canal alemão faz parte de uma série de entrevistas que ela concedeu na semana passada a veículos de imprensa europeus. Nesta terça (9), a petista embarcou para Bruxelas (Bélgica), onde participa na quarta (10) e na quinta (11) da Cúpula União Europeia – Celac, que reunirá líderes de países europeus e do continente americano. A presidente também falou à TV France 24 (França) e ao jornal Le Soir Belgique (Bélgica).

Petrobras
A presidente voltou a falar sobre o esquema de corrupção na Petrobras descoberto em meio às investigações da Operação Lava Jato. Dilma disse ser “absurdo” dizer que o governo sabia do escândalo. Na entrevista à TV France 24, ela chegou a afirmar que é ‘impossível” que se aponte ligação entre ela e o esquema.

A Lava Jato investiga suspeitas de pagamento de propina a funcionários da estatal, políticos e partidos em troca de contratos com a petroleira.

Delatores revelaram à Justiça Federal do Paraná que um grupo de construtoras montou um cartel para superfaturar obras da Petrobras. A operação policial culminou na prisão de executivos da estatal e de grandes empreiteiras do país.


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