Brasil negocia ação contra imigração ilegal de haitianos, diz
Segundo ele, objetivo é combater entrada ilegal dos imigrantes
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que negocia com autoridades de Peru, Bolívia e Equador a adoção de ações coordenadas no combate à imigração ilegal de haitianos ao Brasil e países vizinhos. Cardozo se reuniu em Lima, no Peru, com os ministros peruanos de Relações Exteriores, Júlio Eduardo Marinetti, do Interior, José Luis Pérez Guadalupe, e dos Direitos Humanos, Gustavo Adrianzén.
A entrada de haitianos no Brasil ganhou força depois que um terremoto devastou o país caribenho em 2010, matando cerca de 300 mil pessoas. A maior parte dos haitianos chega pela cidade de Brasiléia, no Acre. Só em 2015, foi registrada a entrada de mais de 7 mil pessoas. “A ideia é que possamos sentar juntos, Brasil, Bolívia, Peru e Equador, justamente para que adotar medidas de combate às organizações criminosas que fazem esse transporte ilegal de haitianos e para que possamos ter estímulo à migração legal”, afirmou Cardozo, após se reunir com autoridades do Peru, em Lima.
Segundo o ministro, que segue nesta tarde para o Equador, as autoridades peruanas já concordaram em implementar ações coordenadas contra a imigração ilegal. “Foi uma reunião positiva onde ficou evidenciado o desejo de que Peru e Brasil caminhem juntos no encaminhamento das questões migratórias, particularmente na questão dos haitianos.”
O crescimento da imigração de haitianos preocupa, sobretudo, autoridades do Acre. O governador do estado, Tião Viana (PT), defende que a responsabilidade pela recepção dos imigrantes seja “compartilhada” por outros estados.
Para chegar até ao território brasileiro, os haitianos saem, em sua maioria, da capital haitiana, Porto Príncipe, e vão de ônibus até Santo Domingo, capital da República Dominicana. Lá, compram uma passagem de avião e vão até o Panamá. Da cidade do Panamá, seguem de avião ou de ônibus para Quito, no Equador.
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