Brasil quer reforçar confiança e atrair investimento, diz Levy
Mudou rumo econômico após avanços sociais desacelerarem, disse
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou em Davos, na Suíça, que o Brasil quer atrair a confiança dos mercados internacionais para reforçar os investimentos. No cargo desde 1º de janeiro, quando Dilma Rousseff iniciou seu segundo mandato após ser reeleita em outubro, Levy representa a presidente na reunião anual do Fórum Econômico Mundial.
O ministro afirmou que em 2014 o país enfrentou um declínio importante nos investimentos, “em parte por causa da incerteza de um ano de eleição”, e disse que esse fator foi o maior responsável pela queda no crescimento.
Ele afirmou ainda que o Brasil é “uma grande oportunidade” de investimento. “Buscamos construir confiança e menos incerteza”, afirmou. “Quero assegurar que é fácil fazer negócio no Brasil e até pagar impostos. Temos muito o que fazer nessa área”, disse ele.
Levy disse que no início do ano, após um período de crescimento baseado no consumo, o governo brasileiro decidiu mudar a abordagem econômica. “Criamos muitos empregos, tivemos muita inclusão. Então o processo começou a desacelerar, houve a crise das commodities. Decidimos mudar”, afirmou.
Ele também abordou o declínio de preços do petróleo e disse que não deve afetar tanto o país. “No balanço, vai ser positivo, não vai afetar tanto um país como o nosso.”
Fórum
O ministro participou de uma mesa de discussões com o título “A perspectiva econômica global: O que deve estar no topo da agenda para a economia global ao longo do ano?”
Com mais de 2.500 participantes, o Fórum Econômico Mundial teve a presença de 40 chefes de Estado e de governo e empresários dos mais diversos setores. Foram debates, dominados pela luta contra o jihadismo, pela desaceleração da economia mundial e pelos conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio.
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