Cidades

Brasil tem ‘problemas’, mas não está ‘doente’, diz Dilma no Pr

Ajuste fiscal é condição para retomada do crescimento, afirmou presidente



 

A presidente Dilma Rousseff afirmou em entrevista que, embora necessite de um ajuste fiscal para equilibrar as contas públicas, o Brasil não está “estruturalmente doente”. Ela também disse que aprendeu a conviver com as críticas que recebe, mas se queixou da dose: “Tem horas que exageram um pouco. Pegam pesado”.

A entrevista foi concedida na biblioteca do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, em Brasília. Na gravação, a presidente classificou como momentâneos os “problemas e dificuldades” do país, e apontou o ajuste fiscal como necessário para uma rápida retomada do crescimento econômico.

No início do ano, o governo enviou ao Congresso Nacional medidas provisórias e um projeto de lei para reduzir o gasto público. No mês passado, o governo anunciou um corte de quase R$ 70 bilhões no Orçamento da União que atingiu todos os ministérios.

“Mesmo fazendo o ajuste, como o Brasil não passa por uma situação em que ele é estruturalmente doente – pelo contrário –, ele está momentaneamente com problemas e dificuldades. Por isso, é importante fazer logo o ajuste para a gente sair mais rápido da situação. Acontece que nós temos de simultaneamente ao ajuste fazer investimentos em infraestrutura e manter programas sociais para não voltar para trás”, disse a presidente.

Dilma tem defendido o ajuste fiscal em eventos dos quais participa. Na quinta (11), ao participar do 5º Congresso Nacional do PT, em Salvador (BA), ela pediu apoio da legenda às medidas e disse que foi preciso “coragem” para adotá-las.

Inflação
A presidente também se disse “bastante agoniada” com a inflação, uma das coisas que, segundo afirmou, mais a preocupa. Ela afirmou que o governo fará “o possível e o impossível” para manter o índice de inflação dentro da meta.


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