Cai o número de ocorrência de casos de hanseníase no Amapá
Centro de Referência em Doenças Tropicais realiza campanha para combater a doença
O Centro de Referência em Doenças Tropicais (CRDT) vem realizado campanhas com o objetivo de combater doenças de pele, principalmente a hanseníase. O projeto tem ajudado muitas pessoas, como a autônoma Benedita de Fátima, que tinha uma mancha no rosto diagnosticada como uma irritação. Sem ter sucesso no tratamento, ela foi ao CRDT e descobriu que estava com hanseníase.
Ela iniciou o tratamento com acompanhamento médico no centro, que hoje é referência no tratamento de doenças de pele infectocontagiosas de alta e média complexidade. “Só tive certeza do que realmente eu tinha depois do diagnóstico dado pelo dermatologista do CRDT”, lembrou Benedita.
A autônoma contou que chegou a sofrer preconceito dentro da própria família: “Quase caí em depressão porque a minha família, por falta de conhecimento, achava que um simples toque de mão transmitia a doença”.
O caso da autônoma é apenas um entre as centenas de registros feitos nos últimos anos. De acordo com os dados do CRDT, o número de casos de doenças tropicais no Amapá está em movimento decrescente, mas o combate continua. Em 2011, foram notificados 181 casos de hanseníase. Em 2012, esses números caíram para 151. Já em 2013, somente 133 casos foram registrados. Em 2014, foram 117 registros. Nos primeiros meses de 2015 os dados apontam 53 novos casos, dos quais 37 já foram curados.
Para a coordenadora da unidade, Inês Celeste, a queda se deve ao trabalho de orientação e campanhas para o combate e controle da doença. “As pessoas estão mais conscientes de como combater e se prevenir dessas doenças. Agora, com as redes sociais, a gente percebe o quanto as campanhas estão sendo massificadas e o retorno cada vez mais positivo”, observou.
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