Câmara aprova entrada do Brasil em pesquisa que custará quase
Em meio às medidas de ajuste fiscal do governo, a Câmara dos Deputados aprovou a entrada do Brasil em uma organização de pesquisa astronômica da União Europeia que, se concretizada, exigirá um investimento de 270 milhões de euros (cerca de R$ 945 milhões).
O projeto de decreto legislativo aprovado pelos deputados agora segue para votação no Senado. Se aprovado no Senado, será promulgado pelo Congresso.
A proposta valida uma convenção firmada em 2010 entre o governo brasileiro e a Organização Europeia para Pesquisa Astronômica no Hemisfério Sul, que envolve 14 países. O acordo permite ao país ter acesso a telescópios e equipamentos científicos de grande porte em diversas localidades do deserto do Atacama, no Chile.
Durante a votação, alguns deputados da oposição e da base aliada criticaram a adesão ao projeto de pesquisa sob o argumento de que o Brasil passa por uma crise econômica.
“É um absurdo gastar 1 bilhão para construir um telescópio que vai ficar na cordilheira no Chile, enquanto falta dinheiro para reajustar o salário dos aposentados”, disse o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS).
O líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), afirmou que a aprovação do projeto era uma “irresponsabilidade“ “Esses recursos seriam muito mais efetivos se fossem aplicados aqui, para resolver os problemas do Brasil. Seria melhor do que ficar olhando as estrelas”, afirmou.
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