Câmara decide colocar deputado na chefia da Secretaria de Comu
Presidente da Casa afirmou que não haverá mudança de linha editorial
A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de resolução que permite ao presidente da Casa dar o comando da Secretaria de Comunicação a um deputado, que poderá ser substituído a qualquer momento.
Polêmico, o projeto recebeu críticas de vários parlamentares que alertaram para o risco de partidarização dos veículos de comunicação, que incluem o Jornal da Câmara, a TV Câmara e a Agência Câmara. A medida também enfrentou resistência entre os servidores da Casa, que hoje são os responsáveis pelo setor.
O líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ), classificou a medida de “erro”. “O nosso temor é que comecemos a partidarizar, selecionar matérias e isso é o fim da democracia”, afirmou. Para o líder do PDT, deputado André Figueiredo (CE), a resolução representa um “cheque em branco” para o presidente colocar um deputado “a seu serviço”.
O deputado Esperidião Amim (PP-SC) também criticou a medida: “Se estivesse na presidência o presidente do PT, diriam que se quer aparelhar o sistema de comunicação da Casa”.
‘Cobertura restrita a atividades parlamentares’
Em fevereiro, ao anunciar a medida – agora suspensa – da Mesa Diretora da Câmara que concederia passagens aéreas para cônjuges de deputados, Cunha informou que faria mudanças no funcionamento na área de comunicação da Casa. Segundo o parlamentar, a orientação é para que a cobertura fique restrita exclusivamente à divulgação do trabalho dos deputados, inclusive nos estados.
“Ela [a TV Câmara] tem que cobrir a atividade parlamentar. Ela não tem que competir com TV aberta, não tem que ter programa de chorinho”, disse Cunha na ocasião. Nta quinta, ele rebateu as críticas dos parlamentares contrário á medida, dizendo que não haverá mudança de linha editorial, mas um enfoque maior nas atividades parlamentares.
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