Casos de dengue aumentam 300% nos três primeiros meses do ano
No mesmo período em 2014, Semsa registrou 35 casos
De janeiro a março de 2015 foram registrados em Macapá 123 casos confirmados de dengue, segundo relatório preliminar da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). O número é cerca de 300% maior comparado ao mesmo período em 2014, quando foram confirmadas 35 contaminações. A instituição diz que o aumento de casos está associado à busca por atendimento da população nas unidades de saúde do município. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) não tem informações sobre os dados parciais de contaminação da doença no estado.
De acordo com a Semsa, o número de casos notificados na capital também aumentou. Nos primeiros três meses de 2015 foram 500 notificações. No mesmo período de 2014 foram registradas 69 notificações.
Em Macapá também está sendo investigada a morte de uma menina de oito anos por suspeita de dengue hemorrágica. Segundo a Sesa, os exames realizados no hospital particular em que a criança deu entrada e no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), para onde foi transferida, não atestaram a contaminação. A certidão de óbito da criança, porém, diz que a morte foi causada pela doença, conforme informou a direção da escola onde a menina estudava.
Uma amostra do sangue da menina foi encaminhada ao Laboratório Central do Amapá (Lacen) para a realização de um exame final. O resultado deve sair em até 10 dias.
O chefe da divisão ambiental da Sesa, Josean Silva, diz que o surto da febre chikungunya no extremo norte do Amapá, que também é transmitida pelo mosquito causador da dengue, o Aedes aegypti, fez a população da capital se conscientizar sobre a importância do tratamento da doença.
“Houve uma banalização da dengue. Então, com o advento do chikungunya, nós estamos conversando com os moradores e orientado-os nas nossas ações de campo. Nossos agentes têm entregado panfletos para a população e orientado a procurar uma UBS [Unidade Básica de Saúde], caso sinta febre ou dor de cabeça”, lembrou Silva.
Ele diz que a sujeira na cidade continua sendo a causa da proliferação do mosquito. Segundo Silva, as ações de limpeza foram retomadas. Os trabalhos iniciaram no bairro Novo Horizonte, na Zona Norte, e devem se estender para outras áreas da capital.
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