Casos de malária aumentam 6,7% no Amapá
Relatório preliminar aponta para aumento do número de casos nos municípios de Calçoene, Porto Grande, Pedra Branca e Oiapoque
Relatório preliminar da Unidade de Vigilância Ambiental da Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS-AP), concluído esta semana, aponta para um aumento de 6,7% no número de casos de malária no Amapá de janeiro a maio de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021.
Enquanto nesse período, no ano passado, foram registrados 735 casos, este ano foram 784 notificações.
Os municípios com maior concentração dos casos são aqueles onde estão localizadas as regiões de garimpos, de acordo com os dados, 80% dos casos da doença se concentram nos municípios de Calçoene, Porto Grande, Pedra Branca e Oiapoque.
Só os municípios de Porto Grande e Calçoene, juntos, concentram 50% dos casos. Foram 242 casos de malária registrados nas áreas de garimpo em 2021, contra 362 este ano.
Um ponto identificado como positivo nos resultados dos cinco primeiros meses de 2022 foi a redução significativa de casos da doença em áreas indígenas. Este ano, foram 17 casos notificados até o momento, enquanto no ano passado, no mesmo período, tinham sido 153, uma redução de 88,89%.
“Tivemos um grande avanço nas áreas indígenas, mas precisamos ter em mente que os dados ainda podem ser inseridos no sistema e esses números podem mudar, contudo, o aumento nas áreas de garimpo é preocupante e nossas ações estão concentradas nesses locais com as capacitações dos agentes de endemias e monitoramento junto às prefeituras”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde do Amapá, Margarete Gomes.
Atualmente, o Governo do Estado segue com a agenda de capacitações. O município de Calçoene, por exemplo, que concentra os esforços para reforçar as ações dos agentes de endemias do município. O Estado também auxilia na análise dos dados das vigilâncias locais e também nas investigações epidemiológicas necessárias. A próxima capacitação prevista é para o município de Laranjal do Jari.
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