Cidades

Centrais pedem para presidente Dilma não vetar mudança no fato

Após uma reunião no Palácio do Planalto, os presidentes da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, e da Força Sindical, Miguel Torres, informaram que eles e representantes de outras cinco centrais sindicais fizeram um apelo ao governo para que a presidente Dilma Rousseff não vete as mudanças no cálculo do fator previdenciário aprovadas pelo Congresso Nacional. Os dirigentes sindicais conversaram com os ministros Miguel Rossetto (Secretaria-Geral) e Carlos Gabas (Previdência Social).



 

No mês passado, enquanto a Câmara analisava a medida provisória do ajuste fiscal que altera o acesso da população à pensão por morte, os deputados decidiram incluir no texto uma emenda que altera a base de cálculo do fator previdenciário.
O texto aprovado no Legislativo estabelece a chamada “fórmula 85/95”, que permite a aposentadoria integral quando a soma da idade e do tempo de contribuição atingir 85 (mulheres) ou 95 anos (homens). No entanto, na avaliação do governo, a mudança significa mais despesas e poderá representar um rombo ainda maior na Previdência no longo prazo. “É essencial que a presidenta sancione aquilo que foi trazido pelo Congresso. É reparar parcela dos danos que o fator previdenciário criou na década de 1990”, disse Vagner Freitas, presidente da CUT.

Questionado sobre se houve sinalização de que Dilma pode não vetar a proposta do Congresso, o presidente da CUT disse que “o governo não disse”. “O governo, na realidade, queria saber das centrais. O governo não veio para dizer sua opinião. As centrais foram explícitas em dizer que agora estamos solicitando da presidenta que não vete 85/95”, completou.

Segundo o presidente da CUT, as centrais vão utilizar “as armas” que têm junto aos deputados e senadores para que, caso a presidente Dilma vete a fórmula 85/95, o veto seja derrubado pelo Congresso Nacional.

Na linha de Freitas, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres disse que a presidente tem a oportunidade de “fazer o bem” aos trabalhadores. “Na reunião, nós pedimos que ela [Dilma] não vete [a fórmula 85/95]. Ela tem a chance e a oportunidade de fazer o bem aos trabalhadores que vão se aposentar”, declarou.


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