CGU abre processo para investigar seis empresas da Lava Jato
Correm risco de serem proibidas de contratar com o governo
Responsável pelo combate à corrupção dentro do governo federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) ordenou a abertura de mais seis processos administrativos contra empresas investigadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF).
Desta vez, o ministro-chefe da CGU, Valdir Simão, determinou que a pasta apure a eventual responsabilização das empreiteiras Tome Engenharia S/A, Egesa Engenharia S/A, Carioca Christian Nielsen S/A, Skanska Brasil Ltda, Eit Empresa Industrial Técnica S/A, MPE Montagens e Projetos Especiais S/A.
A MPE foi citada, nos depoimentos do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, como integrante permanente do “clube das empreiteiras” que combinava resultado das licitações e dividia entre si as obras da estatal do petróleo. As outras cinco companhias alvo de processo da CGU foram mencionadas como participantes “esporádicas” da combinação.
Além dos relatos de Costa e Youssef, os executivos Julio Gerin de Almeida Camargo, do Grupo Toyo, e Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, do Grupo Setal, também citaram em depoimentos prestados no acordo de delação premiada que as seis companhias faziam parte do esquema de corrupção, informou o Ministério Público Federal.
De acordo com a CGU, as companhias serão notificadas nos próximos dias sobre o processo administrativo de responsabilização.
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