Cidades

CGU vai investigar suposta propina de empresa alemã no Brasil

O ministro da Controladoria-Geral da União, Valdir Simão, determinou a abertura de processo para investigar denúncias de que empregados da empresa alemã de engenharia Bilfinger teriam pagado propina a funcionários públicos e de estatais em grandes municípios brasileiros



 

O ministro da Controladoria-Geral da União, Valdir Simão, determinou a abertura de processo para investigar denúncias de que empregados da empresa alemã de engenharia Bilfinger teriam pagado propina a funcionários públicos e de estatais em grandes municípios brasileiros. A companhia alemã já havia iniciado processo de investigação interna para apurar os supostos pagamentos de propina.

“O ministro da Controladoria-Geral da União, Valdir Simão, determinou, nesta segunda-feira (23/03), que se inicie imediatamente processo de investigação sobre contratos da Copa do Mundo – 2014 em relação a empresa alemã Bilfinger”, diz nota da CGU.

As suspeitas de irregularidades são relativas a contratos de fornecimento de monitores e software para centros de controle de segurança, de acordo com comunicado divulgado pela própria empresa em sua página na internet. O valor da propina é de mais de € 20 milhões, segundo o jornal alemão “Bild”.

De acordo com a “Deutsche Welle”, esses contratos são relativos 1,5 mil monitores e software fornecidos às 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, fechados por meio da subsidiária Mauell. A propina, segundo o “Bild”, foi sido paga também a oficiais da Fifa. À “Deutsche Welle”, a Fifa negou as alegações e disse não ter tido influência sobre o projeto.

“O controle de tráfego e os centros de segurança nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo Fifa 2014 foram responsabilidade dos governos locais. Nem a Fifa, nem seus empregados, tiveram envolvimento em contratos para as cidades-sede ou para o governo federal”, disse a entidade esportiva em comunicado enviado à DW.

Duas empresas de auditoria foram contratadas pela Bilfinger para investigar as denúncias. “As suspeitas foram fundamentadas; a investigação, no entanto, ainda não está completa”, afirma a o comunicado da empresa. Segundo a companhia, a investigação também não está completa quanto à questão de para quem os pagamentos foram feitos e em que montante.

O total dos pedidos para os centros de segurança, foi de aproximadamente € 6 milhões (equivalente a cerca de R$ 21 milhões), incluindo monitores e o software usado para controle.


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