Cidades

Chico Alencar diz que Congresso Nacional não precisa de ‘agrad

Candidato derrotado a presidente da Câmara, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ)



 

Candidato derrotado a presidente da Câmara, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), afirmou que o Congresso Nacional não precisa de agrados e, por isso, não fez promessas de cargos e benefícios aos colegas de Casa durante a campanha. Ele discursou no plenário antes do início da votação.

“Foi uma campanha franciscana por respeito aos colegas. Um colégio de 513 [deputados] sabe decidir. Não precisa de agrados e promessas. Promessas que não faço porque não quero e também porque não tenho nenhuma condição”, disse o deputado. Além de Alencar, disputaram a presidência os deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), (vencedor), Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Júlio Delgado (PSB-MG).

Ao comentar a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga esquema de lavagem de dinheiro e desvios de recursos na Petrobras, Alencar afirmou que o “fantasma” da operação ronda o Congresso Nacional. Para ele, será “degradante” se o Ministério Público Federal oferecer denúncia contra deputados.

“Um espectro ronda o Congresso Nacional, o fantasma da Lava Jato. Seria terrível, degradante, deprimente que nós hoje nos víssemos daqui a 10 ou 20 dias com denúncias do MP pedindo investigação de qualquer um de nós. Seria bom se prometêssemos desistir de qualquer função de mando caso o Supremo aceite denúncia do Ministério Público”, disse.

Candidatura
Último a entrar na disputa, Alencar não conta com o apoio de outro partido além do PSOL. Segundo ele, sua candidatura tem uma intenção de “protesto” e de fazer oposição aos nomes apresentados. Chico Alencar não montou estrutura de campanha e criticou os gastos dos adversários com publicidade para obter o voto dos colegas.

A principal bandeira do parlamentar era de promover a “ética” no Legislativo nacional, ampliando a conexão com a sociedade e promover a reforma política, sobretudo a proposta que acaba com o financiamento privado de campanha.

O deputado do PSOL promete ainda colocar em votação uma série de projetos que beneficiam os trabalhadores, mas geram impacto negativo nas contas públicas, como o fim do fator previdenciário e a redução da jornada máxima de trabalho para diversas categorias.


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