Chuvas provocam atoleiros em trecho da BR 156 que isolou Oiapo
Ocorrem em vários trechos, mas situação é mais grave no local em que ocorreu erosão na rodovia
As chuvas que caem na BR-156, próximo a Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá, provocam atoleiros no trecho da rodovia que ficou interditado por três dias após o surgimento de uma cratera de dez metros de largura, causada pela força da água, no dia 2 de maio. O perímetro ficou bloqueado e liberado gradualmente para veículos leves e pesados. Caçambeiros reclamam, no entanto, que a chuva na região dificulta o percurso da capital até Oiapoque, atingindo diretamente o transporte de mercadorias entre as cidades.
A Secretaria de Estado de Transportes (Setrap) informou que o período de inverno prejudica o trabalho das equipes que atuam na recuperação de trafegabilidade da rodovia.
O caçambeiro Edson Castro, de 31 anos, registrou em imagens a condição da BR-156, próximo a Oiapoque. Ele relatou que o pior trecho atualmente é onde houve a abertura da cratera na rodovia.
O governo do Amapá aterrou um lado da estrada enquanto ocorre a construção de uma ponte no outro sentido da rodovia, mas, segundo o motorista, a terra usada não suporta o trânsito de veículo pesados.
O secretário de Transportes, Odival Monterrozo, afirmou que equipes atuam em quatro pontos de atoleiros da BR-156. As chuvas, no entanto, dificultam o trabalho das empresas contratadas para fazer os serviços de reparos: “É uma situação que vai ocorrer até o final do inverno. Não existe nesse período um aterro mal ou bem compactado porque o que colocamos estão saturados, ou seja, ao trafegarem veículos pesados em dias de chuvas, causam atoleiros pela saturação dos aterros. Então retiramos essa camada de terra para repor com outra”.
O asfaltamento da BR-156 é uma das obras mais antigas do país. Ela começou a ser pavimentada em 1976, mas o serviço ainda não foi concluído. Dos 812 quilômetros de extensão, 528 não estão asfaltados, sendo pouco mais de 100 quilômetros entre Calçoene e Oiapoque, no trecho Norte da rodovia. O restante do percurso sem asfalto está no eixo Sul, que vai de Macapá a Laranjal do Jari.
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