Cidades

Círio de Nazaré leva mais de 100 mil pessoas às ruas de Macapá

Cálculos foram feitos pela Polícia Militar


Mais de cem mil fieis, segundo cálculos da Polícia Militar do Amapá (PM-AP), acompanharam o Círio de Nazaré no domingo, 9, em Macapá. Fé, devoção e esperança, foram alguns dos sentimentos expressados pelos participantes que percorreram mais de quatro quilômetros pelas ruas da capital amapaense.

O evento iniciou com uma missa em frente à Igreja Nossa Senhora de Fátima, às 7h. Com o tema: Salve Rainha, Mãe de Misericórdia; e o Lema: A sua misericórdia se estende de geração em geração, a festividade traz uma reflexão sobre o amor e misericórdia de Deus.

O bispo de Macapá Dom Pedro José Conti falou sobre a importância da fé para superar momentos difíceis. “São inúmeras demonstrações de afeto e acreditamos que a fé vai nos ajudar a enfrentar os nossos problemas”.

O Círio já é realizado há mais de 80 anos. Desses, o auxiliar Antônio Carlos Sitriano, participou de 10. Pela segunda vez acompanhou segurando a corda de 150 metros, uma forma de agradecer pela saúde. O calor intenso e o asfalto quente não foram problemas, ele seguiu firme até a chegada na Igreja de São José, sem largar o acessório. Em cada parada, um pouco de água para refrescar e molhar os pés. “O calor a gente tira de letra. Estou um pouco dolorido, mas vale a pena. Tenho recebido a maior graça de todas que é a minha saúde e de toda a minha família”, ressaltou.

Saúde também foi a motivação de Marta Maria Damasceno, que carregou a imagem de Nossa Senhora na cabeça para pagar a promessa de inúmeras graças alcançadas, especialmente a recuperação da saúde da filha após um acidente. “Minha filha sofreu um acidente esse ano e pedi a Nossa Senhora para interceder. Graças a Deus ela se recuperou e hoje estamos aqui para agradecer”, afirmou.

E quando as palavras não foram suficientes para expressar a fé, vieram o suor e as lágrimas. De joelhos e chorando, assim terminou a procissão para Douglas Shuander. Para ele, uma sensação única. “Nazica é uma mãe que nos proporciona esse momento de êxtase e felicidade. Acompanhei na corda, descalço e agora estou de joelhos e muito emocionado”, contou.

Segurar a corda não foi o suficiente para Shuander, que levou ainda alguns centímetros deste símbolo para guardar de lembrança. Com livros, miniaturas de casas, descalço ou ajudando na distribuição de água para quem estava na procissão, todos unidos pelo mesmo motivo: a fé.

O evento encerrou por volta de 12h e durante as 5h de manifestação religiosa foi possível ver nos olhos de cada pessoa, o amor e a esperança de que dias melhores estão por vir com a graça de Nossa Senhora de Nazaré.


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