Conheça um pouco sobre o patrono da Escola Estadual Barão do Rio Branco
Figura padrão da diplomacia brasileira, a história de Barão do Rio Branco se entrelaçou ao Amapá por questões fronteiriças
Inugurada nesta sexta-feira, 3, a Escola Estadual Barão do Rio Branco traz memórias históricas do Amapá. Além de ser a primeira escola construída em alvenaria, ela homenageia José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, personalidade que defendeu as terras amapaenses no século XIX.
José Paranhos nasceu em 1845 e estudou Direito. Sua trajetória é marcada por diversas profissões, como jornalista, professor de história, promotor público, membro da Academia Brasileira de Letras, presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, e cônsul em Liverpool.
Mas foi enquanto ministro das Relações Exteriores do Brasil que teve sua história entrelaçada ao Amapá, em 1900, quando defendeu a permanência das terras amapaenses sob o controle brasileiro.
Questão do Amapá
A disputa fronteiriça entre França e Portugal pela Tucujulândia (nome dado a região que se compreende atualmente o estado do Amapá) ficou conhecida como “Questão do Amapá”. Entre 1700 a 1900, houve guerras, mortes e tratados desrespeitados entre os europeus.
Em 1895 aconteceu o pior massacre entre franceses e portugueses, conhecido como massacre da Vila do Espírito Santo do Amapá. Cinco anos depois, já portando do título de Barão do Rio Branco e atuando como ministro das Relações Exteriores do Brasil, José Paranhos reuniu provas que os franceses não obtinham poder sobre as terras tucujus e as apresentou na Confederação de Genebra, consolidando a vitória brasileira pelas terras amapaenses.
Segundo o professor e historiador Marcelus Buraslan, a contestação francesa pelo território amapaense estava equivocada e foi com os documentos apresentados por Barão do Rio Branco que foi possível provar que as terras amapaenses pertenciam a Portugal. Porém, com a independência do Brasil em 1822, as terras estavam sob o poder brasileiro.
“Foi o fim de uma discussão de dois séculos. Com essa vitória foi assinado o Laudo Suíço com ganho de causa para o Brasil, definindo o Rio Oiapoque ou Vicente Pizzon, como limite entre território brasileiro e território francês”, explicou o professor.
José Paranhos faleceu em 1912 e foi homenageado em 1946 pelo governador Janary Gentil Nunes na construção da primeira escola do então Território Federal do Amapá, o Grupo Escolar Barão do Rio Branco, nome dado à época para a Escola Estadual Barão do Rio Branco.
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