Coronavírus chega à Guiana Francesa e a situação do Hospital de Oiapoque preocupa
Deputada Cristina Almeida (PSB) visitou o hospital, e a situação em que a unidade se encontra não reúne condições de fazer frente ao possível avanço da doença
Em meio à crise que a saúde pública atravessa no Amapá, a confirmação pelo Consulado da França no estado dos primeiros casos de Coronavírus gerou mais preocupação, já que há um iminente risco da chegada na região norte através do município de Oiapoque (AP).
O diagnóstico positivo foi constatado em cinco pessoas que haviam participado de um evento religioso entre os dias 17 e 24 de fevereiro na cidade de Mulhouse, na Alsácia (França). Os pacientes são de Saint-Laurent, na fronteira com o Suriname e estão em isolamento.
A presidente da Comissão de Relações Exteriores da Assembleia Legislativa do Amapá, deputada estadual Cristina Almeida (PSB) cumpriu agenda de compromissos em Saint-Georges, na Guiana Francesa e em Oiapoque, onde fez uma visita ao hospital do município e verificou de perto as condições em que se encontra a unidade hospitalar.
Entre os principais problemas constatados, a falta de limpeza adequada é um fator que aumenta o risco de contaminação. A empresa terceirizada responsável pelo serviço está com o pagamento dos funcionários e o auxílio alimentação atrasados desde o dia 17 de fevereiro e somente 30% dos serviços estão sendo realizados.
O centro cirúrgico e a emergência são os únicos setores que ainda recebem a limpeza, o que aumenta os riscos de infecção hospitalar grave sobre os pacientes, acompanhantes e funcionários, e os medicamentos estão sendo entregues parcialmente pela Coordenadoria de Assistência Farmacêutica (CAF).
A direção do hospital solicitou apoio ao Serviço de Arquivo Médico (SAME), setor fundamental e que alimenta o sistema de informações da unidade, além de outros setores que necessitam de materiais e profissionais que possam manuseá-los nos trabalhos laboratoriais e para a garantia da qualidade sanitária. O hospital também precisa de reforma geral na sua rede elétrica, entre outras deficiências.
“Os riscos cada vez maiores de chegada do coronavírus tornam a situação do Hospital de Oiapoque ainda mais preocupante. É preciso que o governo do estado tome as providências necessárias o mais urgente possível para que essa unidade possa estar devidamente capacitada para reagir a essa possibilidade e garantir o atendimento humanizado e de qualidade de seus pacientes, assim como as demais unidades de saúde do Amapá”, concluiu Cristina.
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