Corrida Cidade de Macapá reúne mais de 600 competidores
Corrida encerrou programação de 257 anos de criação da capital do meio do mundo. Evento reuniu competidores de ponta e paratletas
Nem mesmo o tempo ruim desanimou os mais de 600 corredores, entre profissionais e amadores, a disputarem a tradicional corrida Cidade de Macapá, neste domingo, 8. A competição foi uma das atividades que encerraram as comemorações pelos 257 anos de Macapá.
O resgate da corrida, numa parceria entre a Prefeitura de Macapá e a Federação de Atletismo do Amapá, serviu para incentivar a participação da população e valorizar os esportes tradicionais. A largada e chegada foram no Complexo do Araxá para um percurso de 6,6 km para os atletas e 2,6 km aos paratletas (cadeirantes e deficientes visuais). Foram entregues mais de três mil reais em prêmios para os classificados nas diversas categorias.
Paulo Henrique Benjamin, 34 anos, operador ferroviário, faz parte da equipe Santana Runner’s, e essa foi sua quarta corrida no estado. “Treinei muito e estou ansioso para ver o resultado de tanto esforço”. Para Faustina Pantoja, 54, servente, o desafio é, além da prática do esporte, manter a saúde em dia. “Sentia muitas dores, desconforto. Há dois anos comecei a praticar esporte e minha vida mudou. Hoje tenho energia, disposição, corro, comecei a competir, e agora estou me preparando para correr a São Silvestre, no fim do ano”, contou.
A busca pela qualidade de vida também motivou o professor de Educação Física, especialista em corrida de rua, Lennon Augusto, que criou o projeto QDV – Qualidade de Vida, para prestar assessoria esportiva. “Meus treinos são funcionais, mas tenho alunos que estão correndo aqui que possuem plenas condições de competir, de igual para igual. Nosso destino depois daqui é a meia maratona do Rj, a corrida do Círio, em Belém, e outra no Chile”.
Campeões da cidade de Macapá
Na categoria cadeirante venceu um velho conhecido do atletismo. Luiz Miranda corre desde 2007 e, mais uma vez, garantiu o primeiro lugar. “Voltei como campeão de novo. Estou invicto há 7 anos; venci há quatro anos e consegui manter o primeiro lugar no retorno dessa corrida tão tradicional”.
Na categoria para deficientes visuais o vencedor foi Gilson Machado, que também é lutador de jiu-jitsu e massagista profissional. “A deficiência não nos incapacita. Corro desde os 10 anos de idade, e este ano também vou correr a São silvestre”.
Os atletas José Maria Arruda e Rosilda Brito foram os grandes vencedores das categorias masculina e feminina. Ele, atleta de ponta, liderou por 3 anos o ranking amapaense. Atualmente é federado pelo Pará, já que, desempregado, não conseguiu patrocínio no Amapá. Para Rosilda, este é o quarto ano de competição, das quais a melhor colocação foi o 4° lugar geral na corrida Cidade de Belém. A vitória deste domingo já era esperada. “Me preparei muito e acreditei desde o início que poderia vencer”.
O apoio da prefeitura de Macapá às políticas públicas que fortaleçam as iniciativas populares, a retomada de esportes tradicionais e o esporte amador são caminhos para a valorização do município. “Estamos recuperando a vocação da prefeitura em apoiar o esporte local, amador e de base. Com isso, poderemos congregar as pessoas, elevar sua autoestima, sua qualidade de vida, para que cada um sinta-se bem, numa cidade que merece todo o nosso cuidado”, disse o prefeito Clécio Luís.
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