Cidades

CPI aprova convocação de André Vargas, Luiz Argôlo e Pedro Cor

São suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção da Lava Jato.



 

Os integrantes da CPI da Petrobras aprovaram pedidos de convocação para ouvir os ex-deputados André Vargas (sem partido-PR), Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE). Os três foram presos pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), por suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção que atuava na Petrobras.

Vargas, Argôlo e Corrêa estão detidos em Curitiba, sede das operações da Lava Jato. Uma comitiva de parlamentares irá à capital paranaense na segunda-feira (11) para tomar os depoimentos dos ex-deputados e dos demais investigados que ainda estão presos, entre os quais o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró e o lobista Fernando Soares, conhecido como “Fernando Baiano”, apontado como operador do PMDB no esquema.

O presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), informou que os depoimentos dos presos de Curitiba serão tomados, na terça (12) e quarta-feira (13), na ordem em que os requerimentos foram apresentados à comissão. As oitivas irão ocorrer no auditório do prédio da Justiça Federal.

Na terça-feira, estão marcados os depoimentos de Vargas, Argôlo e Corrêa, além da doleira Nelma Codama, do advogado Rene Luiz Pereira e do doleiro Carlos Habib Chater.

André Vargas, que está preso desde 10 de abril, é acusado de ter feito tráfico de influência no Ministério da Saúde para beneficiar o Laboratório Labogen, que teria como sócio o doleiro Alberto Youssef. O ex-parlamentar petista também é investigado por ter usado um avião alugado pelo doleiro.

Condenado no processo do mensalão do PT por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, Pedro Corrêa estava cumprindo pena no regime semiaberto, em Pernambuco, mas foi transferido para Curitiba por ordem de Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância. Ele é suspeito de ter ligação com Youssef.

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa relatou em sua delação premiada que propina cobrada de fornecedores da estatal foi repassada a Corrêa no primeiro semestre de 2010 para abastecer a campanha eleitoral do ex-parlamentar do PP.


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