CPI da Petrobras aprova convocação do ministro da Justiça, Edu
A CPI da Petrobras aprovou a convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para prestar esclarecimento sobre o grampo encontrado na cela do doleiro Alberto Youssef na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.
O pedido, de autoria de deputados da oposição, foi incluído em um bloco de requerimentos propostos pelo relator da comissão, Luiz Sérgio (PT-RJ). Por se tratar de uma convocação, o ministro será obrigado a comparecer ao colegiado. A data ainda será marcada. “Queremos que o ministro, como chefe da Polícia Federal, possa explicar as dúvidas que ficamos sobre o episódio”, disse Luiz Sérgio.
Na semana passada, dois policiais federais confirmaram à CPI que a escuta na cela do doleiro foi colocada sem autorização da Justiça.
No início da noite desta quinta, Cardozo divulgou nota na qual disse não ver problema em ser convocado. “Se eu puder colaborar de alguma forma para a elucidação dos fatos, eu o farei. Comparecer ao parlamento é sempre uma honra para mim”, disse o ministro na nota.
Durante a sessão, o relator disse que não se opôs à convocação do ministro porque não tem “dúvida” de que ele esclarecerá os pontos questionados com “muita firmeza e convicção”. Ele negou que a participação de Cardozo na CPI se trate de articulação do PT para desgastar o ministro, que já foi alvo de críticas de setores da legenda por não impedir, na avaliação desses setores, o vazamento “seletivo” de depoimentos.
O deputado Imbassahy (PSDB-BA) ponderou, no entanto, a convocação de Cardozo acontece num momento em que vêm a público “insatisfações” até de líderes do PT com relação ao ministro. “Até recentemente, [o ministro] disse que estava em situação de desconforto”, afirmou.
Os deputados vão solicitar o conteúdo da sindicância interna aberta pela PF para apurar a instalação do grampo e também chamarão para prestar esclarecimentos todas as pessoas ouvidas na sindicância. Também serão ouvidos pela comissão o superintendente da PF no Paraná, Rosalvo Franco, além de quatro delegados da Lava Jato: Daniele Rodrigues, Maurício Grillo, Igor Romário de Paula e Marcio Anselmo.
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