‘CPMF é imposto pequenininho’ e ‘não bate na inflação’, diz Joaquim
Ele mencionou quadro externo e ressaltou necessidade de ajuste
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, explicou que a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras) foi escolhida como parte das medidas para aumentar a arrecadação do governo por ser “um imposto pequenininho”. “Se você vai comprar alguma coisa que custa R$ 100, vai pagar R$ 0,20”, disse Levy.
O ministro voltou a afirmar que a proposta é que o imposto seja temporário. “A CPMF é um imposto para enfrentar um momento especial”, diz Levy. “É mais fácil de cobrar, todo mundo paga – um pouquinho, mas paga -, não bate na inflação porque você coloca ali R$ 0,02 a cada R$ 10 que você gasta”.
Na segunda-feira, Levy anunciou, ao lado do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, medidas fiscais de R$ 64,9 bilhões para garantir a meta de superávit primário de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016.
Desse total, R$ 26 bilhões referem-se a corte de gastos do governo. Outros R$ 38,9 bilhões referem-se ao aumento de arrecadação, entre elas a proposta de retorno da CPMF.
“O que a gente fez ontem foi criar as condições para sair desse momento de travessia e conseguir chegar aonde a gente quer em segurança”, afirmou Levy nesta terça sobre o ajuste fiscal, depois de ressaltar a importância de “ter a casa em ordem”. “Um país que tem rombo no orçamento não é um país que cresce, um país que tem confiança.”
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