Cidades

Crianças serão avaliadas em testes de qualidade da escrita, leitura e oralidade

O teste é um instrumento que avalia desde a oralidade e a prosódia até a capacidade de interpretação textual


Com o objetivo de medir a qualidade da escrita, leitura e oralidade dos estudantes da rede pública, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) realizará uma prova que medirá o desempenho dos estudantes do segundo ano do ensino fundamental das redes estadual e municipal. A prova será aplicada no segundo semestre deste ano e visa captar informações necessárias para desenvolver e aplicar políticas educacionais mais efetivas.

A prova é uma avaliação realizada por aplicativo de celular, sob mentoria do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG). O teste é um instrumento que avalia desde a oralidade e a prosódia até a capacidade de interpretação textual e permite identificar dificuldades e fragilidades de desempenho que, depois, poderão ser corrigidas em sala de aula.

Na terça-feira, 25, consultores da instituição responsável pela avaliação estiveram em Macapá para orientar os monitores do Programa de Aprendizagem no Amapá (Paap) sobre a aplicação do teste. Na ocasião, eles puderam compreender os aspectos pedagógicos e operacionais da avaliação – desde a usabilidade do aplicativo e a utilização do portal, ambos destinados ao exame.

Como funciona
A avaliação possui metodologia e estratégia próprias para diagnosticar a fluência dos estudantes a partir de três testes: leitura de palavras dicionarizadas, leitura de pseudopalavras e leitura de texto. No primeiro teste, de leitura de palavras dicionarizadas, o estudante deve ler uma lista de palavras não complexas, adequadas para o léxico do 2º ano do ensino fundamental e alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O estudante lê para o celular essa lista de palavras e o aplicativo capta quantas palavras são pronunciadas corretamente em um tempo de 60 segundos. A fluidez e a precisão são aspectos avaliados.

No segundo teste, de leitura de pseudopalavras, o estudante deve ler uma lista de palavras que não existem no dicionário. O objetivo é identificar se o aluno é de fato capaz de decodificar as sílabas e a combinação delas.

Já o terceiro teste, de leitura de texto, avalia prosódia, ritmo e interpretação. O aluno deve ler em voz alta um texto simples e, depois, responder algumas perguntas.

Aplicação e resultados
A prova de fluência será aplicada individualmente, em sala separada, para que o aplicativo capte a voz do estudante com a maior clareza possível. Os profissionais aplicadores serão indicados pelas secretarias municipais de educação e capacitados para a realização dos testes.
As respostas captadas pelo celular são corrigidas e analisadas e, depois, disponibilizadas para as escolas. Os resultados indicarão o “perfil de leitor” de cada aluno que, nas etapas da alfabetização, podem ser pré-leitor, leitor iniciante e fluente.

Parceria
A prova de fluência é oferecida pela Secretaria de Educação para as redes de ensino municipais de todo o Amapá, sem custo nenhum para a secretaria e para os municípios, no âmbito de uma parceria firmada com a Fundação Lemann e o Instituto Natura.


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