Cunha defende debate para trocar presidencialismo por parlamen
Para presidente da Câmara, sistema presidencialista está em ‘crise’
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu que o Brasil debata a possibilidade de mudar o atual sistema presidencialista pelo parlamentarismo- sistema pelo qual o chefe de governo (primeiro-ministro) é eleito pelo parlamento e pode ser destituído antes do término do mandato se perder a confiança dos legisladores.
“Nós vivemos uma crise de presidencialismo. Uma crise na qual, se o sistema fosse parlamentarista, seria muito mais fácil de ser resolvida. O presidencialismo implica que você elege o governante e depois só na próxima eleição você tem condições de rever sua posição”, disse.
“O parlamentarismo permite que, em determinados momentos, a perda de condição política possa fazer com que se possa adiantar as eleições parlamentares ou até ser dissolvido o gabinete”, ressaltou o presidente da Câmara.
Pelo sistema parlamentarista, o governo é formado por maioria partidária no Parlamento e pode ser “demitido” antes da data prevista para as eleições regulares, se perder o apoio dos parlamentares. Normalmente, além do primeiro-ministro, há também o chefe de Estado, que pode ser eleito pelo povo ou nomeado pelo parlamento, mas só exerce papel cerimonial e sem grande poder político.
Em 1993, os brasileiros optaram, após realização de um plebiscito, pelo sistema presidencialista, rejeitando o retorno à monarquia e o sistema parlamentarista. Para Eduardo Cunha, esse debate pode ser retomado.
“O fato de você adotar o parlamentarismo não implica que você não continue tendo presidente da República. Então, esse debate tem que começar a ser feito. Na minha opinião, eu sou a favor do parlamentarismo, mas é um debate que está começando, ou melhor, está recomeçando, visto que o pais já enfrentou o plebiscito em 93”, afirmou o presidente da Câmara.
Deixe seu comentário
Publicidade