O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que não concorda com postagens nas redes sociais convocando protestos a favor de um impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Não vejo espaço para isso. Não concordo com esse tipo de discussão. Não terá meu apoio”, afirmou Cunha, que não era o candidato do Palácio do Planalto para a eleição na Câmara.
O deputado, que defende para sua gestão uma independência do Legisllativo, afirmou que isso não significa discutir a legitimidade do governo eleito.
“Existe uma diferença muito grande entre você ter qualquer tipo de divergência ou forma como atuar com independência. Mas o governo que está aí está legitimamente eleito. Não dá para você, no início do mandato, querer ter esse tipo de tratamento desse processo. Não concordo, não tem meu apoio”, disse.
As revelações da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras, e também os reajustes nos preços do combustível e nas tarifas de energia elétrica, têm alimentado nas redes sociais uma articulação para convocar protestos em todo o país para o dia 15 de março.
Na segunda-feira (9), o assunto foi alvo de um debate acalorado no Senado. O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), discutiu no plenário da Casa com o senador petista Lindbergh Farias (RJ) ao defender o debate no país sobre o impeachment de Dilma.
Durante discurso na tribuna do Senado, Cunha Lima comentou sobre as mensagens nas redes sociais convocando atos a favor do impeachment e disse que o tema não deveria causar “arrepios” nos apoiadores da chefe do Executivo nem ser visto como “golpismo”.
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