Cunha pode interromper reforma política para votar MPs do ajus
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que, se for preciso, a Câmara poderá interromper a votação da reforma política na semana que vem para votar duas medidas provisórias do pacote de ajuste fiscal.
As MPs 664 e 665, que criam novos critérios de acesso a benefícios como o seguro-desemprego e à pensão por morte, devem ser apreciadas pelo Senado na próxima semana, mas, caso sofram alterações, voltarão para a Câmara.
A validade das medidas, que já estão em vigor, expira em 1º de junho. Se não forem votadas até essa data, perdem o efeito. “Se o Senado me devolver na [próxima] quarta-feira, eu não vou simplesmente pô-la na gaveta. Vou interromper momentaneamente [a reforma política], apreciarei o que o Senado fez e voltarei para a reforma política”, afirmou Cunha.
Desafeto da presidente Dilma Rousseff, o peemedebista ressaltou que não tem o “direito de negar ao Poder Executivo a sua governabilidade”. Ele acrescentou, ainda, que não quer sinalizar que a “Câmara está contra o ajuste fiscal”. “Seria uma antítese de tudo que a gente prega até agora”, disse.
Senado
A MP 665 estava prevista para ser votada pelo Senado na quarta-feira (20), mas, após uma sessão tumultuada, os senadores decidiram adiar para a semana que vem a sua votação. A segunda medida estava prevista para ser apreciada no Senado na próxima semana, mas, como a primeira ainda não foi votada, poderá ter a votação adiada também. Nesta quinta, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse achar que “dará tempo” de a Casa concluir a votação das duas medidas antes quer percam a validade.
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