CUT propõe a Dilma ‘alternativas’ para mudanças em benefícios
“Presidente argumentou que momento é de ‘ajuste fiscal”
Após participar de reunião com a presidente Dilma Rousseff e representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o ministro da Secretaria-Geral, Miguel Rossetto, afirmou que a entidade sindical propôs ao governo federal “alternativas” às medidas provisórias que alteram benefícios trabalhistas. Segundo relato de Rossetto, no encontro, a chefe do Executivo argumentou aos sindicalistas que o momento pelo qual o Brasil passa é de ajuste fiscal.
“Houve uma série de sugestões, opiniões e alternativas foram levantadas pela CUT. A ideia é de abrirmos mais a agenda para as MPs, ampliarmos a pauta. [A CUT] apresentou sugestões de mudanças, novas propostas. […] E a presidenta foi muito clara, objetiva, e confirmou os limites fiscais que o Brasil tem nesse momento”, disse o chefe da Secretaria-Geral.
Responsável pela interlocução do governo federal com os movimentos sociais, Rossetto foi um dos ministros escalados pelo Palácio do Planalto para dialogar com as centrais sindicais – entre as quais CUT, Força Sindical e União Geral dos Trabalhadores (UGT) – e esclarecer as mudanças em benefícios previdenciários, anunciadas ainda em 2014.
Em dezembro do ano passado, o governo tornou mais rígido o acesso a benefícios como seguro-desemprego e pensão por morte. Entre as mudanças definidas está a triplicação do período de trabalho exigido para que o trabalhador peça pela primeira vez o seguro-desemprego. O período seguido de trabalho necessário foi elevado de seis meses para 18 meses.
Nesta terça, o líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (AC), afirmou que as medidas provisórias enviadas pelo governo ao Congresso deverão ser alteradas. Ele, porém, argumentou que as modificações podem ocorrer em razão de os textos terem recebido mais de 600 emendas parlamentares.
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