Cidades

Decisão final sobre Henrique Pizzolato será ‘política’, diz PG

O secretário de Colaboração Internacional da Procuradoria-Geral da República, Vladimir Aras



 

O secretário de Colaboração Internacional da Procuradoria-Geral da República, Vladimir Aras, afirmou que a decisão sobre a extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato para o Brasil será “política”.

Nesta quinta, a Corte de Cassação de Roma, na Itália, decidiu pela extradição de Pizzolato mas a palavra final é do Ministério da Justiça italiano. Assim que saiu a decisão da corte, o ex-diretor do BB se entregou à polícia em Maranello.

Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no julgamento do mensalão do PT. Segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), ele cometeu os crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.

A Corte de Cassação acatou recurso do governo brasileiro e do MInistério Público da Itália, contra sentença da corte de Bolonha do ano passado que negou a extradição. “A decisão sobre a extradição [de Pizzolato] pertence ao Executivo [italiano]. Esse é só o primeiro momento, um momento jurídico [a decisão desta quinta]. O próximo é um momento político. Uma coisa é a autorização, e a segunda é a entrega”, explicou o procurador.

Questionado sobre uma possível “interferência” do caso Cesare Batisti na decisão do governo italiano de entregar ou não Pizzolato ao Brasil, o chefe de gabinete da Procuradoria, Eduardo Pelella, afirmou que o Ministério Público “não pode entrar nesse mérito”. “Se o caso Batisti vai interferir, nós do Ministério Público Federal não poderemos entrar nesse mérito. Essa discussão passa a ser uma discussão política”, disse Pelella.

Durante a entrevista, os procuradores destacaram que Pizzolato não foi condenado por crimes políticos, o que, em tese, facilitaria sua extradição, diferentemente de Batisti, cuja condenação foi considerada “política” pelo governo brasileiro.


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