Delator diz que pagou R$ 532 mil para o PT
Valor teria saído da Engevix e repassado ao ex-tesoureiro do PT.
O empresário Milton Pascowitch, preso na 13ª fase e delator da Lava Jato, declarou que uma propina de R$ 532.765,05 paga em dinheiro vivo para o Partido dos Trabalhadores teve origem nas obras da Usina de Belo Monte, localizada em Altamira, no Pará. O valor, conforme o delator, teria saído da empreiteira Engevix e sido repassado por ele ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, em 2011.
A declaração foi dada pela Polícia Federal (PF) em um relatório encaminhado à Justiça, que serviu como base para a deflagração da 17ª fase. Os trechos também estão em uma petição do Ministério Público Federal (MPF) protocolada nesta segunda.
“O declarante foi convocado por João Vaccari para uma reunião na sede do Partido dos Trabalhadores, quando Vaccari lhe informou que a Engevix deveria ‘contribuir’ com a agremiação política em razão do contrato de gerenciamento que a mesma detinha, referente às obras de Belo Monte; Que o declarante reportou a questão a Gerson Almada, que concordou com o pagamento; Que foi pago o valor bruto de R$ 532.765,05; Que o valor foi ressarcido à Jamp por meio de um contrato firmado com a Engevix com objeto específico de Belo Monte”, diz parte do trecho da declaração da PF.
Vaccari foi preso em abril, na 12ª fase da Operação Lava Jato. Já Gerson Almada é ex-vice-presidente da construtora Engevix, que foi preso na 7ª fase da operação, em novembro do ano passado. Almada responde em liberdade. Os pagamentos a Vaccari, conforme o relatório, ocorriam para ele mesmo ou ao PT, em espécie e via doações legais, conforme a declaração.
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