Cidades

Dilma afirma que ‘terceiro turno’ da eleição é ‘ruptura da dem

“Manifestações de protesto contra o governo são ‘legítimas’”.



A presidente Dilma Rousseff afirmou em entrevista que as manifestações marcadas para o próximo domingo (15) são “legítimas”. Ela, porém, ressalvou que a defesa de um “terceiro turno” da eleição presidencial é “ruptura da democracia”.

“Eu acho que há que se caracterizar as razões para o impeachment e não o terceiro turno das eleições. O que não é possível no Brasil é a gente não aceitar as regras do jogo democrático. A eleição acabou, houve primeiro e houve segundo turno. Terceiro turno das eleições, para qualquer cidadão brasileiro, não pode ocorrer, a não ser que você queira uma ruptura democrática”, disse a presidente.

Ao ser questionada sobre se as manifestações marcadas para o domingo são legítimas, Dilma afirmou que “sim.” “O que não podemos aceitar é a violência. Qualquer forma de violência, nós não podemos aceitar. Mas manifestações pacíficas são da regra democrática”, disse.

A presidente recordou ser de uma época em que, se houvesse protestos nas ruas, as pessoas “acabavam na cadeia, podiam ser torturadas ou mortas”.

Dilma disse também que na democracia é preciso conviver com as diferenças e que não se pode aceitar atos de violência em protestos.

Segundo a presidente, as manifestações deverão ter as características dos convocadores e elas, em si, “não representarão a legitimidade de pedidos que rompam a democracia”.
“Se quiser uma ruptura democrática, eu acredito que a sociedade brasileira não aceitará rupturas democráticas. E eu acho também que nós amadurecemos suficientemente para isso”, completou.

Lula
Dilma afirmou ainda que pretende se encontrar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos próximos dias. Nesta terça (10), ela participará em São Paulo da abertura de uma feira voltada ao setor da construção civil, e a expectativa é que eles almocem juntos após o evento, na capital paulista.

“O presidente Lula é uma liderança que a presença dele, eu acho, contribui, porque ele tem noção de estabilidade, ele tem compromisso com o país. Ele não é uma pessoa que gosta de botar fogo em circo”, justificou.


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