Dilma diz que cortou ‘tudo o que poderia ser cortado’ no Orçamento
Ela voltou a ressaltar que não quer transferir a ‘responsabilidade’ dos cortes.
Quatro dias após enviar ao Congresso Nacional uma proposta de Orçamento com previsão de déficit de R$ 30,5 bilhões para o ano que vem, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo cortou “tudo o que poderia ser cortado”. Sem falar diretamente em aumento de tributos, ela destacou que Executivo e Legislativo podem, “perfeitamente”, discutir as receitas necessárias para equilibrar a peça orçamentária.
Segundo a presidente – que terá nesta sexta-feira compromissos oficiais em João Pessoa e Campina Grande –, ela só não cortou os programas sociais, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida. Para ela, há despesas que são essenciais e não podem ser cortadas. Dilma ressaltou que optou por enviar a proposta orçamentária com previsão de déficit para “deixar claro” que o governo preferia “construir junto com a sociedade”, uma alternativa.
“No Orçamento de 2016, nós cortamos tudo o que poderia ser cortado. Nós não cortamos os programas sociais, como o “Bolsa Família”, o “Minha Casa, Minha Vida”, o “Prouni”, o “Fies”, o “Mais Médicos”, a construção de postos de saúde, as cisternas e também os investimentos em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos”, explicou na entrevista a presidente da República.
“Quando você está passando por uma dificuldade, você tem que preservar aquilo que garante que assim que essa dificuldade passar, você avance. Você continue levando o país a uma melhoria de distribuição de renda, a mais inclusão social, a mais participação na riqueza do país. Para isso, tem alguns gastos que são essenciais, que são esses que eu disse. E, portanto, nós não podemos cortar esses gastos para evitar o retrocesso”, complementou.
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