Cidades

Dilma promete reflorestar 120 mil km² e zerar desmatamento ile

Área de florestas recuperada equivale à metade do estado de São Paulo.



 

Em declaração conjunta dos governos do Brasil e dos Estados Unidos, a presidente Dilma Rousseff assinou compromisso de, até 2030, recuperar 120 mil km² de florestas. Em entrevista à imprensa, ela se comprometeu ainda a zerar o desmatamento ilegal em 15 anos. “Nós queremos chegar no Brasil a desmatamento zero até 2030. Desmatamento ilegal zero até 2030”, disse a presidente.

O governo brasileiro diz no documento que as fontes renováveis, tanto para geração de energia como para biocombustíveis, devem representar entre 28% e 33% do total de recursos usados, também até 2030. A meta não inclui a energia hidrelétrica. São exemplos de fontes renováveis o sol, vento e a biomassa. A intenção é diminuir o uso de fontes que se esgotam, como petróleo e carvão.

“O Brasil implementará políticas com vistas à eliminação do desmatamento ilegal, em conjunto com o aumento ambicioso de estoques de carbono por meio do reflorestamento e da restauração florestal. Para tanto, o Brasil pretende restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares (120 mil km²) de florestas até 2030”, diz o documento, divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores.

A área de florestas a ser recuperada equivale à metade do estado de São Paulo.

Dilma e Obama ressaltaram os benefícios de ações para limitar o aumento da temperatura global e assinalaram que, nos últimos anos, os dois países têm estado “ativa e produtivamente engajados” em atividades que reduziram emissões de gases de efeito estufa.

De acordo com a declaração conjunta, Brasil e Estados Unidos reduziram emissões de gases de efeito estufa desde 2005. O texto diz que o Brasil reduziu as emissões em cerca de 41% desde 2005, enquanto os Estados Unidos diminuíram em cerca de 10%.

Na declaração, foi anunciada a criação de um grupo de trabalho formado pelo Brasil e pelos Estados Unidos sobre mudanças do clima, com o objetivo de “ampliar a cooperação bilateral em questões relacionadas ao uso da terra, energia limpa e adaptação, bem como diálogos políticos sobre a questão climática em nível nacional e internacional.”


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