Cidades

Diretora do FMI quer relação ‘estreita’ entre Mercosul e União

Presidente afirmou que acordo com UE é ‘passo estratégico’ para Mercosul.



 

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, defendeu que o Mercosul tenha relação comercial “mais estreita” com a União Europeia. O bloco sul-americano é formado por Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina e Venezuela.

Há uma expectativa no Mercosul de poder anunciar ainda neste ano um novo acordo comercial com o grupo de países europeus. Segundo o governo brasileiro, os dois blocos ainda precisam apresentar suas propostas comerciais para que a negociação se concretize.

“A presidente Dilma e eu tivemos uma boa troca de pontos de vista sobre a economia global, o atual estado da economia global, além de questões de desdobramento regional e a potencial possibilidade de uma relação comercial mais estreita entre a região do Mercosul e a União Europeia, além dos benefícios econômicos que disso viriam”, relatou Lagarde ao final da audiência com a presidente brasileira.

O encontro entre a diretora do FMI e Dilma no Palácio do Planalto se estendeu por cerca de duas horas. Participaram da reunião os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento). Na última terça (19), durante o encerramento do Encontro Empresarial Brasil-China, em Brasília, Dilma afirmou a uma plateia formada por empresários, ministros e diplomatas brasileiros e chineses que é preciso “reformar” o FMI.

Na avaliação da presidente, a instituição “não reflete em sua governança” o peso dos países emergentes para a economia global. Christine Lagarde não comentou as declarações da presidente da República e não permitiu que jornalistas fizessem perguntas durante seu pronunciamento no Planalto.

Visita uruguaia
Pela manhã, a presidente Dilma se reuniu com o colega uruguaio, Tabaré Vázquez, também no Palácio do Planalto. Após o encontro, ela fez pronunciamento à imprensa no qual citou a proposta de acordo entre o Mercosul e a União Europeia, que está em fase de elaboração das propostas comerciais.

Na avaliação de Dilma, a confirmação do acordo pode ser considerada um “passo estratégico” para o Mercosul, além de ser a “prioridade” da agenda externa do bloco.


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