Cidades

Doença de chagas hoje se apresenta de forma aguda, diz pesquisador

Antônio Cláudio de Almeida Carvalho afirma que perigo da presença do barbeiro no meio dos caroços do açaí está afastado em razão da conscientização e da obrigação dos batedores da fruta de fazerem a higienização necessária


 

Douglas Lima
Editor

 

O pesquisador chefe da Embrapa/AP, Antônio Cláudio de Almeida Carvalho, registrou na manhã desta segunda-feira, 14, no ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9), que a doença de chagas, transmitida pelo barbeiro, hoje é diferente da descoberta em 1909, tendo evoluído de crônica para aguda.

 

Pesquisador chefe da Embrapa/AP, Antônio Cláudio de Almeida Carvalho

 

Antônio Cláudio falou no programa de rádio em razão do Dia Mundial da Doença de Chagas, 14 de abril. O mal foi descoberto em 1909, em Lassance (MG), pelo médico sanitarista brasileiro Carlos Chagas. Ele identificou que o parasito trypanosoma cruzi, existente no barbeiro, é o causador da enfermidade.

 

O pesquisador lembrou que Carlos Chagas, ao fazer a descoberta da doença, identificou logo o conjunto sintoma/transmissor/agente causador, além de verificar que o mal ficava enrustido no corpo da pessoa, por cerca de 20 anos, para então se manifestar. Era a doença de chagas crônica.

 

Segundo Antônio Cláudio, hoje a doença de chagas, tão logo a pessoa seja picada pelo inseto barbeiro e o protozoário se espalhe pelo corpo, o mal se manifesta, daí a mudança de nome, de crônica para aguda. Disse que originariamente o barbeiro se escondia entre a palha da cobertura das casas, mas que agora pode ser encontrado na cana-de-açúcar e no açaí.

 

Antônio Cláudio, contudo, tranquilizou a população, esclarecendo que o perigo da doença de chagas voltar a aparecer, por causa de presença do barbeiro no meio dos caroços do açaí, está afastado com a conscientização e a obrigação dos batedores da fruta de fazerem a higienização necessária.

 


Deixe seu comentário


Publicidade