Cidades

Educação de Jovens e Adultos acelera estudos com qualidade

Projeto revela histórias de vida que podem ser transformadas pela educação


“Decidi voltar a estudar quando percebi que, nos tempos de hoje, na minha profissão, é preciso saber ler um projeto, conhecer medidas”. A fala é do auxiliar de pedreiro João de Paula, um dos 40 alunos matriculados na 1ª fase da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Municipal Cacilda Ferreira Vasconcelos, localizada no distrito de Fazendinha. Na noite de segunda-feira, 21, a secretária de educação, Dalva Figueiredo, e equipe, estiveram na unidade para dar boas vindas aos estudantes e aos funcionários pelo início do ano letivo. Entre apresentações de projetos direcionados ao combate ao Aedes aegypti, do Dia de Sensibilização da Síndrome de Down e peça teatral com atores da EJA, a secretária se comoveu com as histórias de vida.

“Preciso ler, pois vou ficar para trás. Leio pouco, só mesmo assino meu nome, reconheço algumas linhas de ônibus, mas é só isso. Quero aprender a ler bem e escrever de tudo, e até o fim do ano eu vou ler, vou me esforçar para isso”, completou João, que depois de cumprir dois turnos de trabalho pesado, no sol, batendo massa, carregando tijolo, ainda teve pique de correr para sua casa, tomar banho e partir para o terceiro turno: em busca pelo saber. Aos 39 anos de idade, João quer estudar para crescer profissionalmente. Quer largar o trabalho pesado em obras e fazer faculdade, quer ser “doutor”, doutor de direito. “Tive que trabalhar muito cedo, por isso não pude frequentar a escola”, conta.

Na mesa solene, composta pela secretária Dalva, a diretora Aldina de Jesus, a sargento R. Nascimento (representante do Policiamento Escolar), a chefe da Divisão da Educação de Jovens Adultos, professora Simone Guedes e o chefe da Divisão de Saúde do Educando, Cairo Pereira, a atenção foi para a determinação das mulheres e homens aguerridos por aprender.

“Quero parabenizá-los, porque vocês não fazem parte do índice altíssimo de analfabetos do Brasil, que até 2014 beirava 14 milhões de pessoas que não conseguem sequer pegar um ônibus ou escrever o seu nome. Mas de nada vale o empenho da Secretaria de Educação, do prefeito Clécio e do Governo Federal (que instituiu este o ano da educação de jovens, adultos e idosos), se vocês não virem para a escola. Nunca é tarde. Sabemos que não é fácil, mas o que estou vendo aqui são mulheres e homens aguerridos para mudarem de vida, e se não for pela educação, não há outro caminho”, expressou a professora Simone Guedes.


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