Em contraproposta, professores em greve dividem pagamento do p
Prefeitura diz que vai analisar nova proposta do movimento
Professores em greve desde 15 abril na rede municipal de ensino de Macapá definiram uma contraproposta para o pagamento do piso salarial da categoria, para apresentar à prefeitura. Os educadores decidiram em assembleia geral na segunda-feira, 27, dividir o reajuste no vencimento base, estipulado em 13% pelo Ministério da Educação. A intenção é fazer a prefeitura pagar o percentual em duas vezes, sendo a primeira parcela de 10% em maio, e 3% em outubro. A Secretaria Municipal de Administração (Semad) informou que vai estudar a proposta dos professores, mas reforçou que 4% é o máximo que pode oferecer ao funcionalismo público.
A contraproposta da categoria acontece após a classe completar 12 dias em greve. O Sindicato dos Servidores Públicos em Educação (Sinsepeap) diz que mais de 90% dos professores do quadro efetivo estão na mobilização. Nesta terça-feira (28), os educadores mantiveram o movimento em frente a prefeitura de Macapá, no Centro da capital.
Os professores também decidiram dividir em duas vezes o pagamento das progressões da categoria. Elas seriam efetuadas em maio e outubro deste ano. A assembleia geral ainda definiu que o Sinsepeap poderia fazer mudanças nas contrapropostas durante reuniões do sindicato com a prefeitura de Macapá.
“Podemos fazer o escalonamento com parte do pagamento em maio e a outra em outubro. Essa contraproposta, no nosso entendimento, é viável porque não comprometemos parte do orçamento, diferente de outros setores do município”, disse o vice-presidente da executiva municipal do Sinsepeap, Ailton Costa.
O reajuste dado pela prefeitura de Macapá ficou abaixo do reajuste reivindicado e da inflação de 2015, divulgada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), item usado para medir o percentual. Neste ano, segundo o governo federal, a inflação será de 8,2%. O último percentual inflacionário abaixo do reajuste oferecido pela prefeitura de Macapá foi em 2006, quando o índice chegou a 3,14% naquele ano.
O secretário de administração, Carlos Michel Miranda, afirmou que a condição financeira ruim causada pela queda no repasse de verbas federais forçou a prefeitura de Macapá a ofertar como proposta reajuste linear de 4%. Ele ressaltou que são investidos 41% do orçamento na Educação, acima do percentual de 25%, definido constitucionalmente.
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