Cidades

Embrapa Amapá avalia ingredientes regionais para ração de tamb

Projeto ‘Resitamba’ tem duração de dois anos, com análises em laboratório e testes em psiculturas



 

A Embrapa Amapá está desenvolvendo uma pesquisa para avaliar o uso de resíduos de pescado e de vegetais na ração do peixe tambaqui. Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá (Fapeap), o projeto “Resitamba” tem duração de dois anos e consta de análises em laboratório e galpão de cultivo da Embrapa, e testes em duas pisciculturas localizadas na região do Araguari.

A ideia surgiu quando a pesquisadora Eliane Tie Oba Yoshioka, da equipe de Aquicultura e Pesca da Embrapa Amapá, constatou a dificuldade de obter farinha de peixe para viabilizar uma pesquisa relacionada à criação de pirarucu e de tambaqui. “A farinha de peixe é um dos ingredientes que mais oneram a produção da ração para peixes em geral. Juntando essa dificuldade com o fato de termos uma produção alta de resíduos de pescado nos frigoríficos, resolvemos investir na pesquisa desses resíduos como uma alternativa para produção de silados que possam ser utilizados na produção da ração”, explicou a pesquisadora. Também será analisado o uso de resíduos vegetais como buriti, abacaxi e mandioca.

Conforme consta no projeto da pesquisa, a silagem de pescado é um produto rico em ácidos graxos e de alto valor biológico e protéico para a nutrição animal. A silagem pode ser utilizada para substituir a farinha de peixe na fabricação de rações. Os critérios para a seleção dos melhores resíduos vegetais e de animais (pescado) para alimentar os peixes durante seu cultivo são uma produção estável e regular com alto valor nutritivo, preferencialmente os que apresentam alto teor de proteínas.

A etapa atual da pesquisa é de análises em laboratório. Os experimentos estão divididos em três fases: produção e avaliação de rações contendo ensilados biológicos e químicos; avaliação de produção de rações experimentais contendo o ensilado de melhor desempenho do primeiro experimento e inclusão de diferentes ingredientes compostos por resíduos vegetais (buriti, abacaxi e mandioca); e validação em campo da ração experimental com melhor desempenho em tambaquis. “No caso dos resíduos de peixes, vamos fazer testes químico e biológico para verificar as duas formas de produzir o silado. Depois de produzido, vamos testar na ração do tambaqui e verificar se tem diferença para o desenvolvimento do animal”.


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