Empreiteira Odebrecht nega cartel e diz que prisões de executi
A construtora Odebrecht publicou um comunicado em que nega que a empresa tenha participado de cartel, como denuncia a Polícia Federal, e diz que a prisão de executivos na última sexta (19) foi ilegal.
Na 14ª fase da operação Lava Jato, da PF, deflagrada no fim da semana passada, foram presos o presidente, Marcelo Odebrecht, e executivos da empresa. Também foram presos o presidente e executivos da construtora Andrade Gutierrez.
Segundo as investigações, as duas empreiteiras agiam de forma mais sofisticada no esquema de corrupção e fraudes de licitações da Petrobras. Esse diferencial, de acordo com o Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador do MPF, estava no pagamento de propina a diretores da estatal via contas bancárias no exterior.
A Odebrecht afirma que “a Polícia Federal não apresentou, como alegado na decisão judicial, qualquer fato novo que justificasse as medidas de força cumpridas, totalmente desnecessárias e, por isso mesmo, ilegais”.
A construtora diz ainda que a justificativa da polícia de efetuar as prisões para evitar que os executivos reiterassem nos supostos crimes “é uma afronta aos princípios mais básicos do Estado de Direito”.
A Odebrecht alega que a Controladoria Geral da União, a Advocacia Geral da União e o Ministério da Justiça já afirmaram publicamente que empresas só podem sofrer restrições para contratar com a Administração Pública depois de julgadas e condenadas o que, no caso da empreiteria, ainda não ocorreu.
A construtora ainda negou que tenha praticado cartel no esquema investigado pela Lava Jato.
“Não há cartel num processo de contratação inteiramente controlado pelo contratante, como ocorre com a Petrobras, onde a mesma sempre definiu seus próprios orçamentos e critérios de avaliação técnico-financeiro e de performance”.
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