Cidades

Especialista dá informações sobre a doença de Parkinson

Neurocirurgião Wanderson Dias revelou o mal atinge pessoas a partir dos 60 anos de idade, mas também ataca precocemente; segundo ele, de 10% a 15% dos casos da doença no mundo são em gente de dez a 45 anos


 

Douglas Lima
Editor

 

Onze de abril é Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, que neste ano de 2025 caiu numa sexta-feira. Para refletir e lançar algumas informações sobre esse mal que costuma atacar pessoas a partir dos 60 anos, mas também há registros precoces, o programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9) convidou o médico neurocirurgião Wanderson Dias.

 

 

Doutor Wanderson atua nas redes de saúde pública e privada do Amapá. É responsável técnico de neurocirurgia do Hospital de Emergência (HE) de Macapá e do Hospital de Clínicas ‘Doutor Alberto Lima’ (HCal). Diplomado pela Unifap, tem título de especialista em neurocirurgia no Hospital Cristo Redentor de Porto Alegre (RS) e fellowship neurorradiologia intervencionista na Santa Casa de Misericórdia, também da capital gaúcha.

 

No programa de rádio, o especialista ensinou que a doença de parkinson é um distúrbio neurológico progressivo que afeta principalmente o movimento. Ela ocorre devido à degeneração de neurônios em uma região do cérebro chamada substância negra, responsável pela produção de dopamina, tida como neurotransmissor importante para o controle dos movimentos do ser humano.

 

O médico informou que a doença de parkinson é o segundo mal neurodegenerativo mais comum no mundo. O primeiro é a doença de alzheimer. O parkinson, revelou, atinge pessoas a partir dos 60 anos de idade, mas também ataca precocemente. Segundo ele, de 10% a 15% dos casos da doença no mundo são em gente de dez a 45 anos.

 

Os principais sintomas da doença de parkinson, informou Wanderson Dias, são tremor em repouso, principalmente nas mãos; rigidez muscular, ou seja, dificuldade de relaxar os músculos; bradicinesia, lentidão dos movimentos e dificuldade para iniciá-los; instabilidade postural ou dificuldade de manter o equilíbrio, aumentando risco de quedas; e alterações na marcha, passos curtos, arrastados e postura inclinada para frente.

 

Outros sintomas possíveis da doença, descritos pelo neurocirurgião, são a diminuição da expressão facial (face ‘congelada’); voz mais baixa e monótona; dificuldade para escrever (letra pequena e irregular –micrografia) e distúrbios do sono, depressão, perda de olfato e problemas cognitivos (em estágios avançados).

 

Segundo o médico, a doença de parkinson não tem uma causa precisa; surge a partir da destruição dos neurônios, acabando por produzir dopamina, evolução que primeiramente provoca perda da coordenação motora. Mas também pode surgir de fatores genéticos.

 

 

Quanto ao diagnóstico, o doutor Wanderson explicou que ele é baseado nos sintomas e exame neurológico. “Não há um teste definitivo, mas exames de imagem, como a ressonância magnética, podem ajudar a descartar outras doenças”, ensinou o especialista.

 

O tratamento da doença de parkinson pode ser feito com medicamentos (levodopa, agonistas dopaminérgicos, inibidores da MAO-B), que repõem ou imitam a dopamina; fisioterapia e terapia ocupacional, asquais melhoram a mobilidade e a independência; estimulação cerebral profunda (em casos selecionados) – cirurgia para reduzir sintomas graves; e acompanhamento psicológico e fonoaudiológico.

 

 

Doutor Anderson disse ser importante saber que a doença de parkinson é crônica e progressiva, mas o tratamento pode melhorar significativamente a qualidade de vida. “Se você ou alguém próximo apresenta sintomas, consulte um neurologista para avaliação”, alertou.

 


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