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Estudo prévio já permite traçar logística do desenvolvimento r

Iepa e Embrapa apresentam fase de finalização de estudo de zoneamento



 

O estudo do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do Cerrado do Amapá foi apresentado ao governador Waldez Góes e sua equipe de governo, na sede do Executivo Estadual. A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Pesquisas Cientificas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O material, que está em fase de finalização, será destinado como base ou instrumento técnico para a definição de diretrizes de uso e conservação do cerrado amapaense e possibilidades de desenvolvimento produtivo do Estado. A meta é definir a vocação econômica e utilizar esses dados para licenciamentos e investimentos do governo, dos produtores, dos órgãos de pesquisas, e outros segmentos da cadeia produtiva.

Segundo dados apresentados pela Embrapa, o Amapá apresenta entre seus pontos positivos a posição estratégica em relação ao mercado consumidor interno e externo, terras disponíveis para integrar o processo produtivo, programas de crédito rural, organização social e jurídica e programas de governo. Também entram nesse cenário, o baixo risco de passivo ambiental do Estado, condição ecológica favorável à produção agropecuária e baixo risco de conflito agrário.

O Iepa mostrou os pontos fracos que englobam auto custo de produção e comercialização, baixa capacidade de gestão empresarial e qualificação de mão de obra, baixa condição de estrutura.
O diretor-presidente do Iepa, Wagner José Pinheiro Costa, afirma que a consolidação de dados do ZEE deverá ocorrer em 60 dias. Após a finalização do estudo, deverão ocorrer audiências públicas e validação oficial.

Desenvolvimento rural
De acordo com o governador Waldez Góes, o estudo está conectado a mesma ideia do PPA, com uma visão estratégica em longo prazo e recorte para os próximos quatro anos. “Precisamos trabalhar os entraves para o desenvolvimento de uma política econômica. Estamos fazendo isso em cinco frentes e, dentre elas, está a produção de alimento do cerrado”, comentou o governador.

Waldez pediu que a Embrapa continue a parceria com o Amapá, conectado a estratégia do plano de Estado e institucionalizando as políticas. “O desenvolvimento econômico é nosso carro chefe. Dentre os desafios, precisamos criar mecanismos de incentivos diferenciados para o pequeno e grande produtor”, explicou.

O secretário de Estado de Relações Institucionais, Jorge Amanajás, lembra que existe uma corrente muito forte no Amapá, contrária ao desenvolvimento produtivo do Estado. “O Amapá possui quase 45% das suas áreas preservadas garantidas por lei. Quando falamos de cerrado, estamos nos referindo a 6% do nosso espaço territorial e 3% de exploração para as atividades de produção de alimentos. Por isso, sou muito otimista e acredito que podemos antecipar de 80% a 90% da nossa exploração, no prazo de 10 anos”.


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