Cidades

‘Eu não vou cair. Isso é moleza, é luta política’, afirma Dilm

Oposicionistas afirmaram que governo Dilma poderia acabar antes de 2018.



 

A presidente Dilma Rousseff afirmou que não vai deixar o cargo e desafiou os que defendem seu afastamento a provar que está envolvida em corrupção. “Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou”, disse a presidente . “Vão provar que algum dia peguei um tostão? Vão? Quero ver algum deles provar. Todo mundo neste país sabe que não. Quando eles corrompem, eles sabem quem é corrompido”.

Dilma disse que não há base para um pedido de impeachment e que não teme essa possibilidade.

“Eu não vou cair. Isso é moleza, isso é luta política. As pessoas caem quando estão dispostas a cair. Não estou. Não tem base para eu cair. E venha tentar, venha tentar. Se tem uma coisa que eu não tenho medo é disso.”, afirmou. “Não conte que eu vou ficar nervosa, com medo. Não me aterrorizam”, continuou a presidente.

Em convenção do PSDB, diversos tucanos e políticos de outros partidos de oposição fizeram ataques à gestão Dilma e disseram estar “preparados” para assumir o governo. Os oposicionistas disseram ainda que o governo Dilma pode acabar “talvez mais breve do que imaginam”.

Na entrevista, a presidente respondeu às declarações e disse que há um setor da oposição “um tanto quanto golpista”. “Não vou terminar [o governo] por quê? Para tirar um presidente da República, tem que explicar por que vai tirar. Confundiram seus desejos com a realidade, ou tem uma base real? Não acredito que tenha uma base real. Não acho que toda a oposição seja assim. Assim como tem diferenças na base do governo, tem dentro da oposição”. E desafiou: “Alguns podem até tentar. Não é necessário apenas querer, é necessário provar”.

Desde o fim do ano passado, após a reeleição de Dilma, a oposição acusa a campanha da presidente de ter usado dinheiro do suposto esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O PT, partido de Dilma, e a campanha da presidente sempre negaram as acusações e dizem que o dinheiro da campanha é legal.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) responsável pela Lava Jato, Teori Zavascki, não abriu inquérito para investigar a presidente. Ele concordou com a alegação do Ministério Público de que o presidente da República não pode responder por atos estranhos ao exercício de suas funções antes do início do mandato.


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